19 de abril de 2011

PREFEITURA ANUNCIA QUE VAI COLOCAR UM INSPETOR POR ANDAR EM ESCOLAS DO RIO

Durante visita à escola Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (19), a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, anunciou que vai contratar mais 1.844 inspetores para trabalharem em todas as escolas da rede municipal. A secretária afirmou ainda que as escolas terão um inspetor em cada andar de todas as instituições de ensino.
“Teremos um agente educador por andar em cada escola da rede municipal. Além dos 500 já contratados, chamaremos mais 1.844. Além disso, contrataremos mais porteiros”, explicou a secretária.

Costin anunciou ainda que as escolas que não possuem câmeras de vigilância poderão requisitar o equipamento. “Cerca de 200 escolas já têm câmeras de vigilância. Algumas escolas possuem câmeras de filmagem, que só monitoram. Faremos uma grande aquisição desses equipamentos e vamos instalar nas escolas que solicitarem”, disse.
Crachá de identificação
Segundo a secretária, essas medidas foram sugeridas por professores de todas as escolas da rede municipal. Entre as ideias, está também a de que qualquer estranho que entre na escola utilize crachá de identificação. “Agora será obrigatório crachás para todos os visitantes. Uma pessoa que deseje entrar na escola não será impedida de entrar, mas o inspetor irá acompanhá-la até a secretaria escolar. Lá, ela terá que disponibilizar sua identidade para ganhar o crachá”, contou Costin.
Dia de atividades
Ao todo, a rede municipal conta com 1.064 escolas. A secretária esteve nesta manhã na escola Tasso da Silveira para acompanhar o dia de atividades culturais e readaptação das crianças e adolescentes. “Vim trazer um presente enviado por uma escola de Mato Grosso. Algumas crianças já perguntam ao diretor quando as aulas vão recomeçar. Isso já é um bom sinal”, disse.
Matheus Gomes do Nascimento, do 6° ano, gostou de participar das atividades. Sua mãe, Elizabeth, contou que não queria que ele voltasse a estudar na Tasso da Silveira, mas o filho insistiu. “Eu consegui bolsa para ele num colégio particular, mas ele fez questão de vir estudar aqui”, disse.
Cerca de mil alunos são esperados
Cerca de mil crianças e adolescentes devem comparecer nesta terça a escola. Doze dias após a tragédia que deixou 12 crianças mortas, professores e estudantes se encontram em dois turnos para participarem de atividades culturais e de adaptação.
“Serão dois turnos com horários reduzidos. O turno da manhã começa às 8h e vai até as 11h. Já o da tarde se inicia às 14h e vai até as 17h. Todos os alunos foram convocados e devemos permanecer nesse esquema de turnos reduzidos até amanhã”, afirmou o diretor da escola, Luís Marduk.
A aluna Ísis Venserval, de 11 anos, foi acompanhada da mãe Jaqueline e do irmão Herus para mais um dia de atividades na escola após o massacre. “Eu tinha que voltar a estudar aqui. Se a gente fosse para outra escola, poderia acontecer lá também”, disse.
Mais cedo, muitas mães deixavam seus filhos na porta da escola e esperavam por alguns minutos do lado de fora. “Minha filha está angustiada, prefiro ficar aqui fora um pouco, esperando caso ela queira sair e voltar pra casa. O psicólogo esteve na minha casa e pediu que eu ligasse se notasse algo diferente, mas ela está bem, só não dorme direito”, contou a dona de casa Sheila.
Postos médico e psicológico
Na segunda-feira (18), Cláudia Costin anunciou que vai criar uma sala de pronto atendimento médico - com enfermeiro e serviços de primeiros socorros - e outra de atendimento psicológico permanentes.
Além disso, Costin se comprometeu a pedir para que dois inspetores da Guarda Municipal auxiliem na segurança da escola. Ela enfatizou ainda que vai incluir a unidade no programa Saúde nas Escolas, que oferece serviços de atendimento dentário e oftalmológico para os alunos. Também serão incrementados programas que garantam mais atividades de artes, esportes e de reforço escolar.
G1

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