Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, mostram que apenas 43,3% dos cearenses se sentem seguros na cidade onde vivem. O percentual coloca o Ceará em terceiro lugar no "ranking da sensação de insegurança" entre os estados do País.
Apesar das grades, trancas, cercas elétricas e outros dispositivos de segurança, da porta de casa para fora se inicia um lugar no qual se tem cada vez mais medo: a cidade. Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que apenas 43,3% dos cearenses se sentem seguros na cidade onde vivem.
O percentual coloca o Ceará como terceira unidade da federação em que as pessoas se sentem mais inseguras, perdendo apenas para o Distrito Federal, onde o índice de sensação de segurança é de 43%, e para o Rio de Janeiro, onde apenas 42,3% declararam se sentir seguros. O estado onde a sensação de segurança nas cidades é maior é o Tocantins, com 71,8%.Em relação ao sentimento de insegurança no próprio bairro, a posição de terceiro lugar do Ceará se mantém, com 61,3% dos pesquisados dizendo se sentirem seguros. No Rio Grande do Norte, esse índice é de 56,3%, e no Pará apenas 49%. A sensação de segurança em casa é de 75,8% no Ceará (quinto índice mais baixo no Brasil). No Estado, a pesquisa Características da Vitimização e do Acesso à Justiça no Brasil entrevistou 25.892 pessoas em 39 municípios.O levantamento também aponta a relação entre a sensação de segurança e o rendimento dos pesquisados. Conforme aumenta a renda mensal, menor é a proporção dos que se sentem seguros. Enquanto 27,3% dos cearenses com rendimento entre 0,5 e menos de um salário mínimo se sentem seguros na cidade, apenas 5,5% dos que ganham mais de dois salários mínimos declararam o mesmo.
Descrédito
O levantamento também investigou quantos cidadãos foram vítimas de assaltos e furtos no último ano. No Ceará, 8,8% dos entrevistados declararam ter sido vítimas desses crimes. O índice ficou acima da média nacional, de 7,3%. O item mais levado pelos criminosos no Ceará foi o telefone celular, com 61,6%.No Estado, a cada grupo de 1.000 pessoas pesquisadas, 221 disseram ter sido vítimas de roubo. De cada 221 vítimas, 92 disseram não ter feito registro do último assalto porque “não acreditavam na Polícia”, um índice de 41%.
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