Enquanto o governo local aguarda uma definição do governo federal sobre o pedido de prorrogação do decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite a presença das Forças Armadas no estado, a violência armada continua a causar mortos. Ao menos, 21 pessoas foram assassinadas no Ceará nas últimas 24 horas. Diante do alto índice criminal, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) decidiu, ontem (26), suspender a divulgação para a Imprensa dos números de assassinatos no estado durante a paralisação de partes dos policiais da gloriosa PMCE.
Contudo, entre a madrugada de quarta-feira de Cinzas e a manhã desta quinta-feira (27), foram registrados 21 mortes no Ceará, sendo sete homicídios na Capital, seis na Região Metropolitana de Fortaleza e mais oito casos no Interior.
Explosão de assassinatos
Os seguidos assassinatos no Ceará, desde o início da greve dos policiais militares (na tarde do último dia 18), provocaram uma “explosão” nos índices dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs). Entre os dias 1º e 26 de fevereiro o estado já contabilizou 325 assassinatos.
Somando aos CVLIs de janeiro (263) e os atuais índices de fevereiro, o Ceará apresenta em menos de dois meses, nada menos, que 592 homicídios.
E no começo desta quinta-feira (27), já foram registrados mais quatro assassinatos, sendo um em Fortaleza (no bairro Lagoa Redonda), outro em Caucaia e outros dois, na madrugada de hoje, na cidade de Juazeiro do Norte, no Cariri.
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