Romério Moreira de Almeida, o advogado Hélio Nogueira Bernardino e Anderson Rodrigues da Costa são investigados por um suposto esquema criminoso para liberação de um veículo apreendido. Veja o vídeo AQUI
A Justiça do Ceará recebeu a denúncia do Ministério Público do Ceará contra o delegado Romério Moreira de Almeida, o advogado Hélio Nogueira Bernardino, e Anderson Rodrigues da Costa. Os três são investigados na Operação “Renault 34” por esquema criminoso. O recebimento da denúncia foi confirmado nesta quarta-feira (10).
O caso veio à tona em abril de 2018, quando Romério Almeida, então titular do 34º Distrito Policial, no Centro de Fortaleza, foi afastado das funções por envolvimento em um suposto esquema de corrupção envolvendo um advogado e um presidiário. Os suspeitos aparecem em interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, negociando a liberação de um carro apreendido pelo 34º DP. o delegado teria negociado, inclusive, com o ajuste prévio de valores.
A defesa do delegado reafirma que o agente não participou do esquema. “Confiamos que a instrução processual confirmará que o delegado Romério, de conduta exemplar ao longo de décadas de serviço, não participou nem se beneficiou de qualquer tipo de negociata, tendo agido no estrito cumprimento de seu dever legal", salientam os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo.
O Ministério Público denunciou Romério por corrupção passiva. Já Hélio e Anderson foram denunciados por corrupção ativa e associação criminosa. O G1 aguarda resposta da defesa de Bernardino e o advogado de Anderson não foi localizado.
“A peça denunciatória encontra-se pautada em procedimento investigatório estruturado que aponta para a possibilidade das autorias serem atribuídas ao réus, haja vista as circunstâncias em que o fato criminoso ocorreu, o que será esclarecido em sede de instrução criminal”, consta na decisão judicial, informa o MPCE.
O acordo
Segundo o MPCE, o carro apreendido foi levado para o 34° Distrito Policial, onde foram encontrados documentos pessoais, aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro. O boletim de ocorrências foi lavrado pela unidade policial.
As interceptações telefônicas continuaram e mostraram um contato de Anderson com o advogado Hélio Bernadino. O suspeito buscava ajuda para recuperar o veículo. Na sequência, Anderson questionou o advogado sobre o pagamento dos serviços advocatícios. Hélio informou que custaria R$ 1.500,00, sendo que o mesmo valor deveria ser pago ao delegado Romério de Almeida.
Ainda conforme denúncia do MPCE, “um dia após o acerto, houve a restituição de todos os bens apreendidos de Anderson, inclusive o veículo Logan, a despeito de este não figurar como de sua propriedade. As investigações apontam ainda que não foi instaurado o devido inquérito policial, embora o boletim de ocorrência tenha mencionado os disparos originados do veículo conduzido por Anderson. O delegado titular do 34° Distrito, Romero de Almeida, só instaurou o devido inquérito em outubro de 2017, 21 meses depois, após ter sido instado pelo Núcleo de Investigação Criminal do Ministério Público do Estado”.
Fonte: G1Ce
A Justiça do Ceará recebeu a denúncia do Ministério Público do Ceará contra o delegado Romério Moreira de Almeida, o advogado Hélio Nogueira Bernardino, e Anderson Rodrigues da Costa. Os três são investigados na Operação “Renault 34” por esquema criminoso. O recebimento da denúncia foi confirmado nesta quarta-feira (10).
O caso veio à tona em abril de 2018, quando Romério Almeida, então titular do 34º Distrito Policial, no Centro de Fortaleza, foi afastado das funções por envolvimento em um suposto esquema de corrupção envolvendo um advogado e um presidiário. Os suspeitos aparecem em interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, negociando a liberação de um carro apreendido pelo 34º DP. o delegado teria negociado, inclusive, com o ajuste prévio de valores.
A defesa do delegado reafirma que o agente não participou do esquema. “Confiamos que a instrução processual confirmará que o delegado Romério, de conduta exemplar ao longo de décadas de serviço, não participou nem se beneficiou de qualquer tipo de negociata, tendo agido no estrito cumprimento de seu dever legal", salientam os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo.
O Ministério Público denunciou Romério por corrupção passiva. Já Hélio e Anderson foram denunciados por corrupção ativa e associação criminosa. O G1 aguarda resposta da defesa de Bernardino e o advogado de Anderson não foi localizado.
“A peça denunciatória encontra-se pautada em procedimento investigatório estruturado que aponta para a possibilidade das autorias serem atribuídas ao réus, haja vista as circunstâncias em que o fato criminoso ocorreu, o que será esclarecido em sede de instrução criminal”, consta na decisão judicial, informa o MPCE.
O acordo
Segundo o MPCE, o carro apreendido foi levado para o 34° Distrito Policial, onde foram encontrados documentos pessoais, aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro. O boletim de ocorrências foi lavrado pela unidade policial.
As interceptações telefônicas continuaram e mostraram um contato de Anderson com o advogado Hélio Bernadino. O suspeito buscava ajuda para recuperar o veículo. Na sequência, Anderson questionou o advogado sobre o pagamento dos serviços advocatícios. Hélio informou que custaria R$ 1.500,00, sendo que o mesmo valor deveria ser pago ao delegado Romério de Almeida.
Ainda conforme denúncia do MPCE, “um dia após o acerto, houve a restituição de todos os bens apreendidos de Anderson, inclusive o veículo Logan, a despeito de este não figurar como de sua propriedade. As investigações apontam ainda que não foi instaurado o devido inquérito policial, embora o boletim de ocorrência tenha mencionado os disparos originados do veículo conduzido por Anderson. O delegado titular do 34° Distrito, Romero de Almeida, só instaurou o devido inquérito em outubro de 2017, 21 meses depois, após ter sido instado pelo Núcleo de Investigação Criminal do Ministério Público do Estado”.
Fonte: G1Ce
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