Nosso cotidiano está cercado de situações em
que simplesmente não paramos para refletir o real motivo das coisas. Talvez
seja por isso que não se iniciou um sério debate a respeito do desperdício de
dinheiro público na realização de festas públicas enquanto faltam recursos para
serviços essenciais na saúde e educação, por exemplo. Reza a cartilha dos
administradores a fraude de que esses eventos “movimentam a economia”, só não
se divulgam os desperdícios acumulados desde a contratação dos artistas até aos
gastos com a violência e desastres no trânsito, etc.. Só que no mundo das
realidades, o que interessa são os fatos. É cada vez mais comum, por exemplo, a
colocação de telões nos shows com a divulgação de cenas promovendo a imagem dos
gestores locais, numa afronta grotesca ao princípio constitucional da
impessoalidade, que veda tal artifício. Os próprios artistas, que por uma
dessas ironias são muito bem pagos pelos contribuintes, regularmente costumam
exagerar nesse tipo de promoção no ato de suas exibições. O problema é que para
a esmagadora maioria dos foliões, a Constituição é um desses negócios estranhos
que por ventura não pode ser utilizado para parâmetro algum, desde que não seja
para alegar seus direitos. Outra questão que precisa ser conversada diz
respeito à avacalhação que virou moda nas festas públicas que seria a sua
transformação em verdadeiros bailes funks, com todas as suas apologias
criminosas, inclusive nos recentes tradicionais festivais de quadrilhas
juninas. Chama-nos especialmente atenção a tara dos compositores desse estilo
pela exaltação ao crime e suas facções, à sexualidade infantil, ao consumo de
drogas, às palavras de calão e tantos outros maus gostos possíveis. Num país
sério, o que não é o nosso caso, isso seria motivo suficiente para censura e
proibição ao estímulo dessa praga (que é promovido acredite, com o nosso
dinheiro). Mas estamos no Brasil, onde qualquer crítica nesse sentido é
considerada “preconceito da elite branca contra a cultura da comunidade”. Há
alguma estranha relação envolvendo o mau investimento de dinheiro público,
passando desde a promoção indevida de servidores públicos ao estímulo dos
“bailes de favela” que precisamos.
Por Roberto Fernandes Pessoa – 1º TEN QOPM
6 comentários:
BAILES FUNKS E COISA QUE SÓ CHAMA A MARGINALIDADE PARA O LOCAL, O INCENTIVO PUBLICO TERIA DE IR ERA PARA AS ESCOLAS E NÃO PARA UMA COISA QUE SÓ AGLOMERA LADROES, TRAFICANTES E PROSTITUIÇÃO OU SEJA SÓ VAI TER VAGABUNDAGEM.
Hj em dia e tanta mazela que o brasileiro já Sabi de tudo isso ai
Excelente reflexão. Parabéns
Compartilho da mesma opinião do oficial. E é lamentável que o pais inteiro esteja contaminado com esse lixo. E quando eu digo inteiro, é inteiro mesmo: Das classes mais altas às mais baixas, da região sudeste até os menores interiores aqui do Ceará/Piauí.
Eu não tenho esperança nessa geração de jovens, não. Já considero perdida, com exceção de alguns que não deixam entrar nessa moda infeliz do funk, rap, forró inspirado em funk, essas drogas todas
aqui em granja tinha um coro no intervalo de uma banda para outra os dj tocava o tal proibidao tinha uma q falava vai tomar no c..... e todo mundo cantava ate eu tava chapado ja
mas também vi crianças com seus pais na hora dos dj
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