A engrenagem que vem fazendo o Brasil bater
recordes sucessivos de mortes intencionais violentas desde 2014 continuou
girando em alta velocidade no primeiro semestre deste ano. Mais uma vez, a
situação é mais grave nos estados das regiões Norte e Nordeste, que ocuparam as
dez primeiras posições do ranking nacional de homicídios.
A situação mais dramática é a de Roraima,
estado com a maior taxa de mortes violentas do Brasil no primeiro semestre de
2018. Caso o ritmo seja mantido, Roraima pode dobrar o total de assassinatos em
relação ao ano anterior. Em janeiro de 2017, o estado foi palco de uma rebelião
no sistema penitenciário promovida pela disputa entre facções que causou 33
mortes.
Além disso, a crise humanitária vivida na
Venezuela acabou criando uma instabilidade política na região, fragilizando as
instituições políticas locais e ampliando a sensação de vulnerabilidade de uma população
já amedrontada. Nesses cenários, se multiplica a oportunidade de ação para
indivíduos e grupos que tentam se impor pela violência. O crescimento das taxas
de homicídio é o principal sintoma da fragilização da legitimidade das
instituições democráticas na região.
Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e
Acre, respectivamente na segunda, terceira e quarta posição do ranking nacional
de homicídios, também enfrentam situações dramáticas, decorrentes de
rivalidades entre facções originadas nas prisões, mas que se espraiaram para os
bairros pobres.
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