A população de Acopiara foi às ruas em uma
grande manifestação pedindo justiça para o caso
Após dois anos e dois meses de um crime de
pistolagem ocorrido na cidade de Acopiara, na região Centro-Sul do estado (a
340Km de Fortaleza), finalmente, o caso é esclarecido após trabalho de
investigação sigiloso, demorado e complexo realizado pela Polícia Judiciária e
Ministério Público Estadual (MPE). O assassinato da jovem Karina Firmino de
Freitas, executada a tiros por pistoleiros, foi desvendado e, conforme denúncia
do MP, a mandante do assassinato foi uma policial civil, a escrivã Ludmilla
Freitas Andrade.
O crime ocorreu na noite de 4 de maio de 2016
na porta da casa da vítima. No Centro de Acopiara. Era por volta de 21h40,
quando Karina Firmino retornava da academia de ginástica quando foi
surpreendida por dois pistoleiros que haviam preparado a emboscada. No momento
em que descia de sua moto, a jovem foi atingida por vários tiros, tendo morte
praticamente imediata.
Durante dois anos e dois meses, a família da
jovem lutou por justiça. O caso que começou a ser investigado pela própria
Delegacia de Polícia de Acopiara acabou sendo transferido para o Núcleo de Homicídios
da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte. Com a quebra de sigilo telefônico
dos suspeitos, a verdade sobre o crime veio à tona. Karina foi vítima de um
crime de aluguel. Dois pistoleiros foram contratados para o “serviço”.
Passional
Nas investigações, a Polícia descobriu que o
crime teve motivo passional. A escrivã de Polícia, Ludmilla Freitas Andrade,
que na época do crime trabalhava na própria Delegacia de Acopiara, ordenou e
planejou pessoalmente a morte da jovem. Ludmilla descobriu que seu então
marido, o soldado da PM Thiago Martins Teixeira Florentino, na época lotado no
Ronda do Quarteirão de Acopiara, estava tendo um caso com Karina Firmino e esta
acabou engravidando e tendo um filho deste relacionamento. A partir de então, a
escrivã passou a fazer ameaças de morte à jovem, culminando no assassinato na
noite de 4 de maio de 2016.
Em um dos trechos da investigação, a
declarações da avó materna de Karine, quando esta diz que a neta estava muito
assustada pois em um encontro com o namorado, o soldado Thiago revelou que a
esposa (a escrivão) lhe confidenciou que iria matá-la.
Com a quebra do sigilo telefônico das
investigadas, ficou evidenciado e provado o envolvimento da escrivã e sua
doméstica no crime. O inquérito foi concluído com o indiciamento das duas e
remetido à Comarca de Acopiara. No entanto, a juíza de Direito, Karla Cristina
de Oliveira, remeteu os autos para Fortaleza. O processo agora se encontra em
tramitação na Terceira Vara do Júri da Capital.
A denúncia contra a escrivã e sua comparsa
foi elaborada pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará e está
assinada pelos promotores de Justiça Igor Caldas Baraúna Rêgo (da Comarca de
Acopiara), Humberto Ibiapina Lima Maia, Francisco Gomes Câmara, Luciana de
Aquino Vasconcelos Frota, Nelson Ricardo Gesteira Monteiro e Fernanda Andrade
Mendonça, todos do Núcleo de Investigações Criminais (Nuinc) da PGJ-CE.
Para os promotores, a jovem Karina Firmino
foi vítima de um crime premeditado, de pistolagem. “Ludmilla e Nice são mandantes
do crime, tendo contratado, de maneira covarde, pistoleiros para executar a
empreitada criminosa”, diz um dos trechos da denúncia. E mais: “Não houve
abordagem, não houve possibilidade alguma da vítima se desvencilhar da
encruzilhada criminosa imposta pelos executores e seus mandantes”.
Fonte: Fernando Ribeiro
4 comentários:
teria que ter no minimo prisão perpetua para esse tipo de crime, e um dos crimes mais covarde que exite na face da terra,
Assim como tem policial do bem tem também policial do mal!
me referi ao crime, não interessa quem o praticou,justiça tem que ser pra quem cometeu a atrocidade, esse tipo de crime teria q ser considerado o pior dos piores na minha opinião, e o trafico de drogas tambem.
coitado da população de bem se não fosse nossa policia, Estariamos todos mortos se dependesse so da justiça, seria o fim pra nos cidadãos de bem DA NOJO ESSAS LEIS
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