A operação do MP ocorreu no ano passado e
cumpriu vários mandados de prisão contra advogados, policiais militares, além
de um escrivão e um delegado da Polícia Civil, acusados de formar uma organização criminosa
O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
(TJCE) determinou, nesta quarta-feira (28), a soltura de um policial civil
cearense que estava preso sob suspeita de integrar a facção criminosa Primeiro
Comando da Capital (PCC). Trata-se de um escrivão que havia sido preso
preventivamente em uma operação realizada, no ano passado, pelo Ministério
Público Estadual (MPE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco). Na época, o MP informou ter desarticulado uma
organização criminosa formada por policiais, advogados e um delegado, apontados
como envolvidos em tráfico de drogas e assassinatos.
A decisão de revogar a prisão do escrivão de
Polícia Civil, Átila Washington Medeiros de Abreu, foi tomada em julgamento
pelo desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, relator de um pedido de
habeas corpus impetrado pelos advogados Francisco Valdemízio Acioly Guedes e
Miguel Alexandrino da Silva Neto. A defesa havia ingressado com o pedido de
trancamento da Ação Penal e a conseqüente revogação da prisão ou a sua
substituição por medidas cautelares, como detenção domiciliar ou uso de
tornozeleira eletrônica.
Em sua decisão, o desembargador relator negou
o pedido de trancamento do processo, mantendo a denúncia formulada pelo MP, mas
optou pela libertação do escrivão, informando que não havia fundamentação legal
para a medida.
O policial estava preso desde o dia 14 de
dezembro do ano passado, data em que o Gaeco desencadeou uma megaoperação em
conjunto com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para
desarticular uma quadrilha formada por 14 pessoas que estaria traficando drogas
no Município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). As prisões
foram decretadas pelo juiz da 2ª Vara Criminal daquela Comarca. Advogados,
policiais e um delegado da Polícia Civil foram os “alvos” da investigação e
todos estão sendo processados por crimes graves como organização criminosa,
tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Ligação
A investigação do MPE revelou, através da quebra
do sigilo telefônico dos investigados, que o escrivão Átila, então lotado no 8º
DP (José Walter), havia recebido uma ligação telefônica de um traficante de
drogas ligado à facção PCC. O bandido, identificado como Miguel Sales da Silva,
o “Miguel Oião”, pedia ao telefone que o escrivão passasse a lhe fornecer
informações privilegiadas sobre o andamento de um inquérito policial que
investigava a morte de Francisco Eudes Calixto, o “Zé Abreu”, supostamente
assassinado por ordem do PCC.
Foi a partir desse diálogo gravado, que os
promotores decidiram denunciar o escrivão como integrante da organização
criminosa que traficava drogas e ordenava mortes. A defesa de Átila contestou a
acusação. Em depoimento, o escrivão alegou que era amigo de infância de “Miguel
Oião”, que chegou a namorar uma irmã deste, e que nenhuma informação
privilegiada foi repassada ao traficante já que a investigação sobre o
assassinato estava à cargo da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
e não no 8º DP, onde ele trabalhava.
Outros denunciados pelo Ministério Público na
mesma investigação permanecem presos preventivamente e outros continuam
foragidos.
Fonte: Fernando Ribeiro
3 comentários:
E Brasil VEI que náo tem jeito. tem o q prende e sempre vai ter o que solta. Da nojo desse pais
Esqueceram de.prender mais um ......
Tudo é farinha do mesmo saco bando de corruptos por isso q o país tá uma bosta
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