o Ceará, 30 pessoas da comunidade LGBT –
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - foram assassinadas – em
crimes motivados pela homofobia em 2017. Com esse número, o Ceará ocupa o
quarto lugar do país nesse tipo de violência, perdendo para os estados de São
Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43) e Bahia (35). Em todo o país foram 445
assassinatos, o que representa uma morte a cada 19 horas.
As informações fazem parte de levantamento
realizado pelo Grupo Gay da Bahia com base em notícias veiculadas pelos meios
de comunicação o que possivelmente pode ser um número abaixo da realidade. O
monitoramento começou a ser elaborado há 38 anos.
“Tais números alarmantes são apenas a ponta
de um iceberg de violência e sangue, pois não havendo estatísticas
governamentais sobre crimes de ódio, tais mortes são sempre subnotificadas já
que o banco de dados do GGB se baseia em notícias publicadas na mídia, internet
e informações pessoais”, comenta Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia.
Relatório
De acordo com o levantamento, mata-se mais
homossexuais no Brasil do que em 13 países do Oriente Médio e da África, onde
há pena de morte para lésbicas, gays, bissexuais e travestis. Os números de
2017 representam um aumento de 30% no número de assassinatos em relação ao ano
anterior. Em 2000 foram registrados 130 homicídios; 260 em 2010 e 445 mortes em
2017.
O relatório mostra que, do total de
assassinatos registrados no ano passado, 194 eram gays, 191 transexuais, 43 eram
lésbicas e cinco eram bissexuais. Na maioria dos casos, as mortes se deram com
extrema violência: com armas de fogo, armas brancas, espancamento e asfixia. Há
ainda registro de apedrejamento, degolamento e desfiguração do rosto.
O relatório mostra, também, que 56% dos casos
ocorreram na rua e 37% dentro da casa da vítima. Os crimes contra essas
minorias sexuais geralmente são cometidos no período da noite ou madrugada, em
lugares ermos ou no interior da casa da vítima, dificultando a identificação e
prisão dos autores.
Dos 445 casos, cinco foram assassinados por
familiares. É o caso de Gabryel Magalhães, de 16 anos, de Tianguá, no norte do
Ceará. A morte do adolescente foi denunciada por uma parente - Aurelidia Ramos
nas redes sociais. “Gabryel morreu apanhando até desmaiar. Meu coração está
estraçalhado com tanta barbaridade, agressão física e psicológica”, publicou.
Ranking
Em relação ao ranking brasileiro, a região
Nordeste caiu em 2017 para o terceiro lugar na média de vítimas por milhão de
habitantes, com 2,58. Por outro lado, aumentou o índice se comparado com os
índices da região no ano anterior, que era de 1,79.
O estudo mostra que o Ceará ocupa a terceira
posição no Nordeste, com 3,33 assassinatos por grupo de mil habitantes, atrás
apenas de Alagoas (6,81) e Paraíba (3,48).
G1Ce
4 comentários:
É um dos que mais mata héteros. Um dos que mais mata mulheres. Ou seja, é um dos mais violentos.
Boa resposta, é violento não só pra gays e sim pra todos os ser humanos.
Porque sera que esse povo tem raiva de gays?nao fazem mal pra ninguem,sao ate engraçados cheios de brincadeiras.nao e certo o que eles fazem mais cada um e feliz do jeito que quer
No ceara tudo que se mexe o pessoal tao matando o negocio e se fingir de morto pra ver se vive mais um pouco
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