Mais de 70 mandados judiciais estão sendo
cumpridos em 51 cidades.
Polícia Federal (PF) cumpre a segunda fase da
Operação Glasnost, que investiga exploração sexual de crianças e o
compartilhamento de pornografia infantil na internet, na manhã desta
terça-feira (25). A ação cumpre mandados em 51 cidades de 14 estados
brasileiros.
Foram expedidos três mandados de prisão
preventiva, 72 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando
a pessoa é levada para prestar depoimento.
Até as 8h20, 20 pessoas tinham sido presas,
sendo 17 em flagrante e três preventivas. As preventivas foram cumpridas em
Paranapanema e Guarujá, em São Paulo, e Santarém, no Pará.
Segundo a PF, a investigação teve como base o
monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de
encontro” de pedófilos do mundo todo.
Os investigados produziam e armazenavam fotos
e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de
vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para
contatos no Brasil e no exterior.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas no
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.
A PF disse ainda que as investigações
resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e
estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de
diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido
identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi deflagrada em
novembro de 2013. À época, foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e
realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Também
foram identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas,
com idades entre 5 e 9 anos.
O nome da operação
O nome da operação é uma referência ao termo
russo que significa transparência. "A palavra foi escolhida porque a maior
parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens
de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor
do mundo", explicou a PF. Ao todo, 350 policiais participam da ação.
Fonte: G1Ce
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