O Ministério Público do
Estado do Ceará (MPCE), a partir da Promotoria de Justiça de Itarema e do Grupo
de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou na
manhã desta quarta-feira (28) a 2ª fase da “Operação Fantasma”, que investiga
os crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsidade de documento
particular e peculato na Câmara Municipal de Itarema, distante 220 km da
Capital. De um total de 13 vereadores, a Justiça decretou a prisão de oito.
Com o apoio de equipes da
Polícia Civil e da Coordenadoria de Operações da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS), foram cumpridos 19 mandados de busca e
apreensão, 32 de condução coercitiva e nove de prisão preventiva, sendo oito
dos vereadores João Vildes da Silveira, Magno César Gomes Vasconcelos, Leandro
Oliveira Couto, José Ubideci dos Santos Santana, João Gomes da Costa, Daniela
Souza de Matos, Roberto Diniz Costa, José Everardo Marques Alves, e também da
diretora de Recursos Humanos da Câmara dos Vereadores, Maria José Carneiro
Rios. Além das prisões, foi decretado pela Justiça de Itarema o afastamento dos
nove vereadores e da diretora, além de outros servidores da Casa Legislativa
Municipal.
Entenda
A investigação teve início após denúncias de
uma pessoa que se sentiu prejudicada por não conseguir receber benefício
previdenciário em razão de um suposto vínculo com a Câmara, até então
desconhecido pela vítima. Iniciou-se então a investigação da contratação de
servidores fantasma pela Câmara Municipal.
Como resultado das investigações iniciais, a
Justiça já havia decretado busca e apreensão de documentos, como livros de
pontos, que comprovaram que várias pessoas haviam sido contratadas pela Câmara
Municipal e recebiam salários sem comparecer ao prédio do legislativo
municipal. Enquanto uns eram obrigados a repassar parte de seus vencimentos aos
vereadores, outros prestavam serviços sem nenhum vínculo formal com a Câmara,
geralmente para mascarar a existência de nepotismo (contratação de parentes).
Estes últimos recebiam os vencimentos em espécie e diretamente das mãos de
representantes legislativos na própria Câmara dos Vereadores.
Além dos promotores de Justiça de Itarema e
do GAECO, compuseram as equipes de investigação os membros do MPCE de Cruz e de
Morrinhos. Os membros do Ministério Público Estadual ouvirão os suspeitos
conduzidos coercitivamente durante todo o dia e estima-se que as denúncias
contra os investigados sejam apresentadas à Justiça nos próximos dias, tão logo
seja examinado o material apreendido. A 1ª fase da “Operação Fantasma”
aconteceu em abril de 2017.
Com informações da Assessoria de Comunicação
do MP-CE
3 comentários:
Agora quero ver comentário dizendo que eles tem que morrer que bandido bom é bandido morto. Cadê o ódio que geralmente tem em matéria de bandido
Vdd TB.comcordo
CLASSE DESACREDITADA
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