Menina sofreu queimaduras de
3º grau e estava internada. Família diz que suspeito foi preso na ocasião.
Uma criança de 1 ano e oito
meses morreu neste domingo (11) enquanto estava internada no Pronto-Socorro
Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP), a menina, identificada como Heloisa Morais Nogueira, estava
internada há quase um mês depois de sofrer queimaduras durante um incêndio,
supostamente provocado pelo padrasto dela, na cidade de Campo Verde, a 139 km
de Cuiabá.
A família da criança disse
aos policiais que o incêndio ocorreu no Bairro Bom Clima, em Campo Verde e que
o padrasto, identificado como Luis Ferreira da Silva, está preso. Os policiais
da DHPP fizeram a liberação do corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico
Legal (IML) de Cuiabá. O corpo da criança foi transladado para Campo Verde,
onde é velado nesta segunda-feira (12).
Segundo o pai da menina,
Higor Nogueira da Silva, o padrasto da criança e a mãe da menina tiveram uma
discussão que acarretou no incêndio. “Eles discutiram e brigaram. Viram ele
[padrasto] tirando gasolina da moto e fechando a porta com eles lá dentro”,
disse o pai ao G1.
Estavam dentro da casa a mãe
de Heloisa, um menino de 3 anos (que também é filho de Higor), e o padrasto. Os
vizinhos não viram o momento em que o suspeito ateou fogo, porém, perceberam
que havia fumaça saindo de dentro da casa.
“Viram a fumaça e arrombaram
a casa. Ela [Heloisa] teve queimaduras de terceiro grau. O padrasto e a mulher
também tiveram queimaduras [com menor gravidade]”, comentou o pai da criança. A
ex-mulher dele teve ferimentos nos braços e foi socorrida, junto com Luis, até
um hospital de Campo Verde.
Heloisa foi levada para o
Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Posteriormente foi
transferida para o PSMC, onde precisava de atendimento especializado por causa
das queimaduras que sofreu. A família diz que registrou boletim de ocorrência
na época.
Inicialmente o padrasto
teria dito à polícia que não ateou fogo na casa. Posteriormente ele assumiu o
crime. A polícia deve abrir uma investigação sobre o homicídio. A certidão de
óbito da criança aponta que as causas da morte foram septicemia (infecção
generalizada), distúrbio hidroéletrolítico e queimaduras de terceiro grau.
Fonte: G1
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