2 de maio de 2017

CEARÁ É O ESTADO NORDESTINO COM MAIS DETENTOS "BATIZADOS" PELO PCC


Bandidos do PCC costumam praticar motins com reféns nas cadeias brasileiras

O Ceará é o terceiro estado brasileiro com maior número de bandidos “batizados” como integrantes da organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital, o PCC. Atualmente, são cerca de 2,4 mil delinquentes que recebem ordens do alto comando da facção para a prática de crimes diversos, que vão desde ataques a bancos e a carros-fortes, a sequestros e também resgates de comparsas que estão nos presídios, além dos constantes ataques a forças policiais e queima de coletivos.
O levantamento foi feito pelo jornal Folha de São Paulo em reportagem especial que está publicada na edição de segunda-feira (1º). Em números exatos, o estado tem 2.403 criminosos que foram “batizados” pela facção e estão agora à serviço da quadrilha dentro e fora das cadeias.
Segundo a reportagem, em primeiro lugar no ranking com número de membros do bando está São Paulo, com 8,5 mil integrantes. Ali surgiu a facção criminosa. Em seguida, aparece o estado do Paraná, com 2.426 participantes. Logo depois, surge o Ceará, com 2.403 membros.
No Ceará, hoje o PCC está aliado a outra facção criminosa, a Guardiões do Estado (GDE), enquanto seu grupo rival, o Comando Vermelho (CV), está junto com a organização criminosa Família do Norte (FDN), conforme levantamento feito pelo jornal paulista. 

Força e poder

Com centenas de presos reclusos nas cadeias cearenses, mas subordinados aos ditames do comando do PCC, em São Paulo, a facção ganhou força diante das autoridades locais e foi a primeira a ser “beneficiada” com as transferências ordenadas pela Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) após as chacinas ocorridas em outros presídios do País. Temendo que aqui acontecesse o que ocorreu em Roraima e no Rio Grande do Norte (matanças nas cadeias), o governo do Ceará deu de “presente” para o PCC uma unidade no Complexo Penal de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Fuga

E a unidade escolhida para abrigar exclusivamente detentos do PCC foi a Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3.  E foi de lá que, no último fim de semana, fugiram 44 detentos, dos quais 13 já teriam sido recapturados, de acordo com as autoridades.
Na verdade, o que ocorreu no fim de semana foi uma tentativa fracassada de resgate seguida de muito tiroteio, ainda na noite do último sábado (29). Horas depois, já na madrugada de domingo (30), finalmente, ocorreu a fuga dos 44 membros do PCC através das grades que circundam a unidade.

Fonte: Fernando Ribeiro

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