Bandidos do PCC costumam
praticar motins com reféns nas cadeias brasileiras
O Ceará é o terceiro estado
brasileiro com maior número de bandidos “batizados” como integrantes da
organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital, o PCC. Atualmente,
são cerca de 2,4 mil delinquentes que recebem ordens do alto comando da facção
para a prática de crimes diversos, que vão desde ataques a bancos e a
carros-fortes, a sequestros e também resgates de comparsas que estão nos
presídios, além dos constantes ataques a forças policiais e queima de coletivos.
O levantamento foi feito
pelo jornal Folha de São Paulo em reportagem especial que está publicada na
edição de segunda-feira (1º). Em números exatos, o estado tem 2.403
criminosos que foram “batizados” pela facção e estão agora à serviço da quadrilha
dentro e fora das cadeias.
Segundo a reportagem, em
primeiro lugar no ranking com número de membros do bando está São Paulo, com
8,5 mil integrantes. Ali surgiu a facção criminosa. Em seguida, aparece o
estado do Paraná, com 2.426 participantes. Logo depois, surge o Ceará, com
2.403 membros.
No Ceará, hoje o PCC está
aliado a outra facção criminosa, a Guardiões do Estado (GDE), enquanto seu
grupo rival, o Comando Vermelho (CV), está junto com a organização criminosa
Família do Norte (FDN), conforme levantamento feito pelo jornal paulista.
Força
e poder
Com centenas de presos
reclusos nas cadeias cearenses, mas subordinados aos ditames do comando do PCC,
em São Paulo, a facção ganhou força diante das autoridades locais e foi a
primeira a ser “beneficiada” com as transferências ordenadas pela Secretaria da
Justiça e da Cidadania (Sejus) após as chacinas ocorridas em outros presídios
do País. Temendo que aqui acontecesse o que ocorreu em Roraima e no Rio Grande
do Norte (matanças nas cadeias), o governo do Ceará deu de “presente” para o
PCC uma unidade no Complexo Penal de Itaitinga, na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF).
Fuga
E a unidade escolhida para
abrigar exclusivamente detentos do PCC foi a Casa de Privação Provisória da
Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3.
E foi de lá que, no último fim de semana, fugiram 44 detentos, dos quais
13 já teriam sido recapturados, de acordo com as autoridades.
Na verdade, o que ocorreu no
fim de semana foi uma tentativa fracassada de resgate seguida de muito
tiroteio, ainda na noite do último sábado (29). Horas depois, já na madrugada
de domingo (30), finalmente, ocorreu a fuga dos 44 membros do PCC através das
grades que circundam a unidade.
Fonte: Fernando Ribeiro
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