Internação mais longa valerá
para crime hediondo cometido com violência. Atualmente, internação máxima é de
3 anos. Texto precisa passar por nova votação na comissão antes de ir para a
Câmara.
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (3), em primeiro turno, um
projeto que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para permitir
que menores que cometem atos infracionais análogos a crimes hediondos – como
estupro e homicídio qualificado – sejam internados por até 8 anos.
Se o projeto virar lei, a internação mais
longa ocorrerá apenas nos crimes hediondos cometidos com uso de violência ou
grave ameaça.
Atualmente, o tempo máximo de medida
socioeducativa de internação permitida pelo ECA é de 3 anos em qualquer
hipótese.
Se, por exemplo, o menor praticar um ato
infracional análogo ao tráfico de drogas, com violência ou grave ameaça, ele
poderá vir a ser internado por até 8 anos.
De autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG),
o projeto está sob a relatoria do senador José Pimentel (PT-CE). Antes de ser
submetido aos deputados, o texto ainda precisa passar por um turno suplementar
de votação na CCJ, na qual pode sofrer alterações.
Se for aprovado em mais uma rodada na CCJ, a
proposta poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados, sem passar pelo
plenário do Senado. Isso porque o projeto tem caráter terminativo na CCJ.
No entanto, se qualquer senador apresentar
recurso após a análise em turno suplementar na comissão, o texto terá que ser
votado no plenário do Senado.
Somente depois de ser aprovado pelo Senado e
pela Câmara o projeto será encaminhado para a sanção ou veto do presidente
Michel Temer.
Em 2015, o Senado já havia aprovado um
projeto com teor semelhante ao aprovado nesta quarta pela CCJ. O texto
anterior, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) que também havia sido
relatado por José Pimentel, não previa o aumento de pena para o crime de corrupção
de menores.
Após ser aprovado no plenário do Senado, o
projeto seguiu para a análise dos deputados federais. No entanto, a proposta
está engavetada há dois anos em uma comissão especial da Câmara que analisa
mudanças no ECA. Se o texto de Aécio for aprovado, há a possibilidade de ser
analisado na Câmara conjuntamente com a proposta de José Serra.
Outros pontos
Segundo o texto, durante o período de
internação, a criança ou o adolescente internado deverá ser submetido a
atividades de educação de ensino fundamental, médio e profissionalizante.
Além disso, o projeto prevê que, nos casos de
infrações análogas a crimes hediondos praticadas com violência, o jovem
deverá ser liberado compulsoriamente ao atingir 26 anos. Isso valerá, por
exemplo, nos casos em que uma internação é suspensa e, depois, retomada.
Hipoteticamente, se um jovem de 17 anos for
internado e, depois, a internação for suspensa aos 20 anos e retomada aos 25,
ele só poderá cumprir a medida socioeducativa até os 26 anos.
Atualmente, de acordo com o ECA, a liberação
compulsória acontece quando o jovem completa 21 anos. Segundo o projeto, esse
limite permanecerá nos atos infracionais que não forem análogos a crimes
hediondos.
É necessário considerar que sentenças de
medida socioeducativa não estabelecem o período em que o jovem deverá ficar
internado, o que é avaliado periodicamente pelo juiz de infância e juventude
responsável por cada caso.
A proposta prevê que, nos casos de atos
infracionais análogos a crimes hediondos com violência, o limite de internação
será de oito anos.
Corrupção de menores
O projeto também altera o ECA para aumentar a
punição ao adulto que “corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos
de idade, com ele praticando crime com violência ou grave ameaça ou induzindo-o
a praticá-la”.
A pena atualmente prevista pelo ECA nesses
casos é de reclusão de 1 a 4 anos. A proposta aumenta essa punição para
reclusão de três a oito anos.
Fonte: G1
5 comentários:
que nada..tem que botar é pra lasca nesses maldito
Tornarão apenas +bandidos.
Deixar mais tempo nessa escola do crime.
aleluia aleluia, sera que de verdade ou e so no papel, tomara que não distoçãm as coisas.
ola as coisas ficando mais dificil para esses malditos que muitos concidera aginhos
Ainda acho pouco. Pena que sai pior.
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