Lourin de Pentecoste |
O suspeito de estar planejando a ação foi
preso. O assassinato era a condição para ele ser aceito na organização
Executar um policial seria a condição para a
entrada oficial de Antônio Roger de Souza, o 'Lourin de Pentecoste', na facção
Guardiões do Estado (GDE). Ele foi preso, na última quinta-feira (27), suspeito
de integrar uma célula regional da organização. Segundo informações concedidas
pelo major Adrianízio Paulo de Oliveira, foi descoberto através de informações
contidas no aparelho celular do suspeito, que membros da facção, atualmente
detidos, estariam insatisfeitos com um policial civil e planejavam matá-lo.
O policial, supostamente, cogitava a
instalação de bloqueadores de sinal de celular, por conta própria, na Cadeia
Pública de São Gonçalo do Amarante, contrariando o desejo de alguns detentos.
Como modo de impedir que o projeto fosse posto em prática, membros da cúpula da
facção ordenaram que Antônio Roger executasse o policial.
Além da ação, o suspeito estaria cumprindo
outras ordens, como forma de comprovar sua fidelidade à organização criminosa.
Após o cumprimento dessas primeiras regras, a execução deveria ser realizada na
presença de outras duas pessoas - o responsável pela indicação e outro membro
da facção. Ao ser comprovado o assassinato, 'Lourin' seria reconhecido
oficialmente como membro da GDE.
Para se aproximar do policial, Antônio Roger
teria iniciado um namoro com a irmã da vítima. Os detalhes sobre a rotina da
família do policial era relatada em áudios postados, via WhatsApp, em um grupo
composto só por membros da GDE.
Segundo o oficial, cerca de 45 pessoas
recebiam as atualizações da situação. A complexidade da estratégia era tamanha
que, do início das primeiras deliberações até o momento da prisão, se passou
cerca de um ano. Com a prisão do 'Lourin', o policial foi comunicado dos
planos.
Ainda de acordo com o major Adrianizio,
outras informações sobre a facção teriam sido descobertas através do celular de
Antônio Roger, inclusive que o mesmo foi apadrinhado pelo líder da facção, em
Pentecoste. O major acrescentou que esse homem é conhecido como 'O Grande' e é
foragido da unidade prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de
Oliveira Leal, conhecida como 'Carrapicho', localizada em Caucaia.
Outra informação descoberta foi a existência
de uma 'caixinha' da organização. Cada membro teria a obrigação de contribuir
financeiramente, com um valor não divulgado, para auxiliar na
"manutenção" da organização.
Fonte: G1Ce
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