O deputado Capitão Wagner (PR) acusou nesta
quarta-feira, 22, responsáveis pelo inquérito da Chacina da Messejana de terem
“forjado provas” contra 44 policiais militares presos no caso. Acusando
delegada do caso de apontar provas que não existiam nos autos, o parlamentar
criticou ainda “falta de coragem” da Justiça do Ceará para libertar os agentes.
“Até hoje, não existe nenhuma testemunha que
aponte provas contra esses militares (…) a delegada apontou fatos que não
existiam nos autos. Ela forjou localização geográfica nos mapas apresentados no
processo. Eu não entendo porque, com tantas falhas, o juiz não liberta esses
policiais”, disse Wagner na Assembleia.
Capitão Wagner destacou ainda recente decisão
que liberou grupo criminoso conhecido como “Quadrilha dos Pipoca”, envolvida em
assaltos a banco e carros-fortes no interior. “Essa quadrilha, apreendida com
armamento de grosso calibre e que já matou três policiais, foi libertada por
decisão do STF, mas nenhum juiz cearense teve coragem para soltar os 44 PMs”.
Chacina da Messejana
Os 44 policiais acusados de participarem na
chacina tiveram prisão decretada por um colegiado de três juízes em agosto do
ano passado. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MP-CE), eles
teriam participação no assassinato de onze pessoas na Chacina da Messejana,
ocorrida na madrugada de 12 de novembro de 2015.
Em denúncia de 16 volumes, mais de cinco mil
páginas e que ouviu mais de 33 testemunhas, o MP apontou indícios de execuções
“sumárias e aleatórias”. Segundo o órgão, a chacina iniciou como retaliação ao
assassinado do soldado Valtemberg Serpa, ocorrida na véspera. Diante do
insucesso na localização de alvos, as vítimas passaram a ser escolhidas de
forma aleatória.
Quase todas as vítimas tinham menos de 20
anos, tendo apenas duas elas passagens pela polícia – uma por acidente de
trânsito e outra por não pagamento de pensão. O MP afirma ainda que existem
provas suficientes para condenar os acusados. Entre as testemunhas de acusação,
estão inclusive um sargento e um policial da PM.
Outro lado
A delegada Adriana Câmara, responsável pelo
inquérito do caso, não quis comentar declarações de Wagner. Em nota, a
Controladoria Geral de Disciplina (CGD) informou que investigação tocada pela
Delegacia de Assuntos Internos (DAI) respeitou todo o trâmite processual. Ela
destaca ainda que mais de 200 testemunhas foram ouvidas no caso.
O deputado aponta ainda que não existem
testemunhas que apontem provas concretas contra os acusados. O Ministério
Público rebate essa tese, destacando que, no momento dos assassinatos, os
autores da chacina estavam encapuzados.
Fonte: O Povo
Um comentário:
Para representar bandidos que financia e banca políticos, em Brasília tem muitos. Coragem para fazer ou dizer algo contra bandidos neste país, são pouquíssimos. Mas para prejudicar policiais e pessoas de bens, muitos representantes q se dizem da justiça, querem aparecer.
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