Um advogado, cujo nome não foi revelado pelas
autoridades, foi preso nesta quinta-feira (23), acusado de envolvimento na
trama que terminou no seqüestro e morte de um guarda municipal da Prefeitura de
Fortaleza. O corpo do agente foi encontrado com sinais de tortura, mãos
amarradas e marcas de tiros na Cidade Fortaleza, na zona Leste da Capital.
Conforme as investigações, o guarda municipal
José Gonçalves Fonseca, 51 anos, desapareceu misteriosamente no último dia 6,
quando saiu da casa da avó do advogado com cerca de R$ 120 mil em espécie. Ele
teria dito que ia ao encontro do advogado para realizar a compra de um
imóvel. Depois disso, não foi mais
encontrado vivo por seus familiares, que fizeram buscas e chegaram a pedir a
ajuda da Polícia, da Guarda Municipal e da Imprensa para encontrá-lo.
Corpo
Mas, na manhã do último dia 8, o corpo de
Gonçalves foi encontrado na Cidade Fortal (local onde anualmente é realizada
micareta Fortal). O cadáver estava em meio a um matagal e apresentava sinais de
muita violência e já em estado inicial de putrefação, o que indica que o crime
ocorrera há várias horas até a descoberta do corpo. O caso foi acompanhado pela
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela equipe da delegacia da
área, o 15º DP (Cidade 2000).
A prisão temporária do advogado – por 30 dias
– foi requisitada pela Polícia Civil como forma de o suspeito não interferir na
investigação ou ameaçar testemunhas, bem como tentar fazer desaparecer ou
alterar pistas do crime. A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará - está acompanhando o caso.
O criminalista Leandro Vasques, contratado
para a defesa do advogado, informou que seu cliente não teve participação do
crime e que há um indicativo na investigação de que a vítima vinha recebendo
ameaças de morte por conta do inventário do imóvel que pretendia comprar.
Fonte: Fernando Ribeiro
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