Além de presidente da
Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), Luiz Gastão Bittencourt da
Silva (foto) é sócio de empresas que administram, de forma terceirizada,
presídios nos estados do Tocantis, Roraima e do Amazonas, onde fica localizado
o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) onde 56 foram mortos em rebelião
no primeiro dia do ano. A informação foi publicada no Jornal O Globo no último
domingo (8).
Segundo levantamento feito
pelo O Globo, além do presidente da Federação, a família dele também tem
participações no mercado de gestão de cadeias no Amazonas. As empresas,
inclusive, são alvos de investigações do Ministério Público e Polícia Federal.
Para o procurador do
Ministério Público Federal (MPF-CE) Alessander Sales, a terceirização de
unidades prisionais não é uma medida eficiente e só tendem a agravar problemas
como o que aconteceu no Amazonas. “O preso é mais caro no sistema privado. O
valor é mais do dobro que o sistema público gasta com os presos. Mesmo assim,
não há nenhum ganho para o sistema. Além disso, o Estado não fiscaliza como
deveria e a empresa terceirizada deixa que os presos mandem no presídio”, disse
o procurador.
Atualizado por Daniel
Negreiros
Reportagem de Camila
Vasconcelos
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