O clima nos quartéis da Polícia Militar –
principalmente na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza – é tenso após o
anúncio oficial da decretação da prisão preventiva de 45 militares, por conta
da chacina de Messejana. Setores da tropa manifestaram a revolta diante do fato
e defendem uma greve da categoria. O Comando-Geral da Corporação tenta evitar a
paralisação.
Diante da iminente greve da tropa, no momento
em que a violência armada e os assassinatos crescem na Capital, o governo do
Estado determinou que o comandante-geral da instituição, coronel Geovani
Pinheiro, agisse pessoalmente para aplacar o clima de revolta entre os
militares. Na tarde de ontem, Pinheiro deixou seu Gabinete às pressas e foi até
o Quartel do 5º BPM (José Bonifácio) conversar pessoalmente com os militares
presos, seus familiares, advogados e com a tropa revoltada.
Dos 45 PMs que tiveram a prisão preventiva
decretada, praticamente todos já se apresentaram espontaneamente no Presídio
Militar. Na companhia de advogados e familiares, eles chegaram no Quartel em
carros com vidros escuros, evitaram contato com a Imprensa e receberam o apoio
dos representantes das entidades que congregam a categoria.
O deputado federal Cabo Sabino (PR), abandonou sua agenda de
compromissos políticos em Brasília e retornou às pressas para a Capital cearense,
onde já se manifestou, informando que considera as prisões um absurdo e que vai
junto com sua assessoria jurídica trabalhar no sentido da libertação dos
colegas de farda.
Já o deputado estadual – e candidato a
prefeito de Fortaleza – Capitão Wagner (PR), também se manifestou e chegou a
afirmar pelas redes sociais que a prisão de seus colegas de farda deveu-se a
uma “orquestração” comandada pela família Ferreira Gomes (os irmãos Cid e Ciro
Gomes), que são seus desafetos políticos.
Hoje, os familiares dos PMs e representantes
da categoria prometem novos protestos.
Por Fernando Ribeiro
2 comentários:
como que vai resolver né o bandido pode matar pms mas pms não pode matar bandido
tem que para tudo, mostrar pro governo quem são os heróis.
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