28 de setembro de 2016

OPERAÇÃO EXPRESSO 150: POLÍCIA FEDERAL CUMPRE MANDADOS CONTRA 3 DESEMBARGADORES E 14 ADVOGADOS NO CEARÁ

A ação cumpre 24 mandados de condução coercitiva e 9 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal deflagrou em Fortaleza, nesta quarta-feira (28), 9 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de condução coercitiva, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investiga o esquema criminoso de venda de decisões judiciais do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).
Ao todo 14 advogados, 2 desembargadores na ativa e um desembargador aposentado são alvos da operação, chamada Expesso 150. As buscas estão sendo feitas nas residências dos investigados, em escritórios de advocacia e em dois gabinetes de desembargadores do TJ-CE.
Os mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva foram foram determinadas pelo Ministro Herman Benjamin. O magistrado acatou parte da representação feita pela Polícia Federal, baseada no que o órgão define como “firmes indicativos de conluio entre advogados e desembargadores visando às liberações de criminosos, através da concessão de liminares em habeas corpus impetrados principalmente durante os plantões judiciais”.
A partir da análise de materiais apreendidos na 1ª fase da operação, em junho de 2015, os investigadores identificaram núcleos criminosos “onde se vislumbrou fartas evidências sobre as negociatas das decisões”, informou a PF em nota.


Bloqueio de contas

O bloqueio das contas do desembargador aposentado e de um advogado investigado também foi determinado pela Justiça.
Segundo a PF, a venda de liminares beneficiou mais de 300 pessoas, incluindo a inclusão de nomes nos quadros da Administração Pública e no cargo de soldado da Polícia Militar do Estado que não foram aprovados em concurso público, entre os anos de 2011 e 2012.
Os crimes investigados são associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Cerca de 110 policiais federais participam da operação. Os alvos dos mandados devem prestar depoimento e ser liberados em seguida.

Fonte: DN

Um comentário:

Anônimo disse...

Vergonha nacional.....