Associação de operadoras de celular
questionou leis em quatro estados. Para maioria do STF, somente União pode
legislar sobre telecomunicações.
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu nesta quarta-feira (3), por oito votos a três, derrubar a validade de
leis estaduais de Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina que
obrigam operadoras de telefonia celular a instalarem equipamentos para bloqueio
do sinal nos estabelecimentos prisionais.
Na avaliação da maioria do STF, somente a
União pode legislar sobre telecomunicações e, portanto, as leis em vigor nos
estados são inconstitucionais. Os ministros destacaram que as empresas de
telefonia não podem sofrer o ônus de gastar mais com os bloqueadores em razão
das leis estaduais.
O Supremo analisou cinco ações apresentadas
pela Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) contra as leis dos
quatro estados e considerou procedentes as ações, declarando a
inconstitucionalidade das leis.
A associação argumentava, entre outras
questões, que o bloqueio impedia o serviço para consumidores que vivem nos
arredores dos presídios, uma vez que tecnicamente não seria possível bloquear
somente no estabelecimento penal.
Quatro ministros relataram as cinco ações:
Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin. Deles,
somente Fachin entendeu que as leis estaduais eram válidas.
Marco Aurélio, Gilmar, Toffoli, Teori
Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski
entenderam que compete à União criar leis sobre telecomunicações. Ficaram
vencidos, a favor das leis estaduais, Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa
Weber.
O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski,
que também comanda o Conselho Nacional de Justiça, citou que o Brasil tem 1.424
mil estabelecimentos prisionais no país. Para ele, não se pode impor que as
operadoras criem os bloqueios e tenham que gastar os valores.
"Impor às operadoras manter o bloqueio,
creio eu, que teremos claramente um desequilíbrio na equação econômica e
financeira dos contratos de concessão", disse Lewandowski.
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Um comentário:
Esperar pela União??!! Se atualmente temos um Ministro da Justiça que já advogou para PCC... Estamos é ferrados, isso sim!
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