Em um discurso veemente na
tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta terça-feira (5), o
deputado estadual Capitão Wagner (PR), denunciou a precariedade de trabalho dos
policiais militares que trabalham em destacamentos, companhias e batalhões da
PM no Interior do Ceará, e anunciou que vai requerer a aprovação de uma lei que
determine ao governo a blindagem dos pára-brisas das viaturas. E denunciou uma
família ligada à política do sertão Central que estaria financiando o crime
naquela região.
“Isso é o mínimo”, disse o
parlamentar ao citar que o poder bélico dos criminosos supera em muito ao dos
policiais. Wagner citou o recente caso
de três militares que foram mortos num confronto com uma quadrilha de
assaltantes no Município de Quixadá, no Sertão Central do Estado (a 154Km de
Fortaleza).
“Temo pela vida dos
policiais que sobreviveram”, afirmou o parlamentar, informando que os PMs moram
em Quixadá e que podem sofrer represálias dos bandidos que também são daquele
Município e que estariam sendo bancados pela quadrilha dos irmãos conhecidos
como “Pipocas”, criminosos que hoje têm prestígio político na região, chegam a
financiar campanhas eleitorais e têm poder de até impor nomeações em cargos nas
prefeituras.
Armas
Conforme Wagner, ficou mais
que evidenciada a desigualdade do poder de fogo dos criminosos e dos militares.
Segundo ele, o Estado poderia corrigir esta distorção, pois, conforme revelou,
na Reserva de Armamento do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) há armas de
grosso calibre disponíveis, mas que não são repassadas aos militares das
unidades do sertão cearense.
Fonte: Fernando Ribeiro
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