O deputado Capitão Wagner
(PR) afirmou, nesta terça-feira (10), que a crise na segurança pública no
Estado foi agravada com a morte de mais quatro policiais no último final de
semana. Segundo ele, os profissionais de segurança foram vítimas do crime
organizado. “O crime organizado no Ceará, infelizmente, tomou fôlego, a ponto
dos 'pirangueiros' não respeitarem nem tropa de elite da PM, como o Raio”,
afirmou.
Segundo o parlamentar, o
Ceará só perde para São Paulo e Rio de Janeiro em número de policiais
assassinados, considerando que São Paulo tem dez vezes mais policiais que o
Ceará, e o Rio de Janeiro cinco vezes mais. Ele afirmou que, se fossem números
relativos, o Ceará seria o primeiro colocado no Brasil onde mais se mata
profissionais de segurança. “A principal causa é a falta de ações enérgicas
contra o crime organizado. O Estado é muito passivo em relação a isso”,
criticou.
Capitão Wagner lamentou que
a resposta do Estado tenha sido o silêncio. “A gente está pedindo é que o
Governo do Estado tenha uma atenção especial nessa área de infraestrutura para
os profissionais de segurança, para que eles possam oferecer para a população
uma segurança pública de qualidade”, cobrou.
O parlamentar disse que a
presença de policiais e viaturas na cidade dando caráter mais ostensivo à Polícia
Militar não resolve o problema. “Os criminosos já sabem que, na verdade, temos
fantoches, dois policiais a pé, mas a viatura não tem sequer rádio”, afirmou.
“Mostra que a Polícia está presente só em corpo, mas não pode agir”,
acrescentou.
O deputado Renato Roseno
(Psol) se solidarizou com os trabalhadores da área que morrem nessa lida diária
para dar mais segurança à população. O deputado também apontou a ausência de
prevenção, infraestrutura, além da falta de formação e carreira dos policiais.
Fonte: Cearanews7
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