Uma pichação ao lado da antena diz que a ação
foi em represália aos bloqueadores de celulares em presídios
Uma antena de telefonia instalada na
localidade de Boqueirão do Arara, no município de Caucaia, na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi incendiada, na tarde de ontem. Um prédio
da operadora, onde estavam os equipamentos para manutenção da antena, foi
pichado com insinuações de que o fato pode ter ocorrido em represália ao
projeto de Lei, aprovado na Assembleia Legislativa há um mês, que prevê o
bloqueio de sinais de celulares nas unidades prisionais do Estado.
A pichação ainda faz uma ameaça dizendo
"estamos só começando". No local foram escritas ainda as siglas das
facções criminosas Família do Norte (FDN), criada na Região Norte do País; do
Comando Vermelho (CV), criado no Rio de Janeiro; e Paz, Justiça e Liberdade
(PJL), criada no Triângulo Mineiro como um braço do Primeiro Comando da Capital
(PCC).
Até o momento ninguém foi identificado ou
preso pelo ataque. "A antena fica no meio do nada, em um matagal. É
propriedade privada, o que nos fazia acreditar que tivesse algum tipo de
segurança privada, mas não tinha. Era um equipamento totalmente abandonado pela
empresa. Os funcionários da operadora só iam lá se desse problema",
declarou o comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Francisco
Souto.
Segundo o oficial da PM não tinha câmeras de
segurança no local, que é uma área desabitada. "Não têm moradores nas
proximidades. Fomos avisados do fato, quando a antena já estava pegando fogo.
Fizemos o isolamento do local e acionamos o Corpo de Bombeiros Militar (CBM),
que foi até lá e conseguiu apagar as chamas", explicou o oficial.
Francisco Souto explicou que a 'caçada' aos
suspeitos será muito complexa diante das condições em que o crime aconteceu.
"Infelizmente não temos pistas. Por terem praticado o crime em um área
totalmente isolada, ganharam muito tempo em relação à Polícia para fugir. Vamos
tentar de todas as formas chegar até eles, mas será muito difícil".
Para o oficial, os ataques fazem parte de uma
"onda de oportunismo". "Eles botam fogo e dizem que são ordens
de facções, mas isto não procede na maioria dos casos. Qualquer pessoa pode
fazer isto sem estar realmente ligada a estas organizações criminosas. Isso é
só um oportunismo, uma tentativa de desestabilizar as forças de Segurança
Pública do Estado", comentou.
Fonte: DN
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