Ocorrências passaram de 192 assassinatos em
janeiro de 2015 para 96 no mês passado. No Ceará, redução foi de 25,3%
Em janeiro, Fortaleza registrou 96
homicídios. Foi o menor número de mortes desde 2013, quando os dados passaram a
ser divulgadas nos padrões do programa Em Defesa da Vida. Em relação a janeiro
de 2015, que teve 192 casos, a queda foi de 50%. A média diária também caiu,
passando de 14 para 10 casos. Neste período, informações sobre alianças entre
facções rivais se espraiaram pela Capital. O Governo nega que isso tenha
contribuído para a redução.
No Ceará, houve queda de 25,3% nos homicídios
em janeiro, passando de 431 para 322. Nas demais regiões houve redução, exceto
no Interior Sul, que manteve o mesmo número. Os dados foram divulgados pelo
governador Camilo Santana (PT), ontem, na Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS). Na ocasião, Camilo classificou a redução como “algo
natural”, já que janeiro de 2015 foi o mês mais violento daquele ano. O
resultado “é fruto do empenho de todos os órgãos de Segurança Pública, em
parceria com outras instituições”. Em 2015, janeiro foi o mês com maior número
de homicídios. Entretanto, a maior redução na Capital em 2015 foi de 36,1%, em
março.
Facções e indignação
Se, no segundo semestre de 2015, a média
mensal de redução na Capital foi de 16 homicídios, em janeiro, foram 96 a
menos. Apesar dos relatos de trégua de facções em pelo menos 17 bairros, Camilo
sustenta que são “boatos” e “especulações irresponsáveis”. E reagiu com
indignação sobre tais alianças terem contribuído para a redução nos assassinatos.
“Lembrem-se daquela tentativa de criar um terror, no ano passado, inclusive
recomendando que se chamasse a Força Nacional. Isso é uma forma de desmoralizar
a Segurança Pública”, reclamou.
“Quer dizer que não significa nada os mais de
1.500 homens que colocamos na corporação? Fazer a Lei de Promoções, que foi a
maior da história desse País?”, indagou. Camilo não informou se a SSPDS
investiga essas alianças. O titular da SSPDS, Delci Teixeira, não deu
entrevistas ontem.
Saiba mais
O programa Em Defesa da Vida padronizou os
números de assassinatos na forma dos Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLIs), que incluem: homicídios, lesões corporais seguidas de morte e
latrocínios.
Sobre a Chacina da Grande Messejana, Camilo
voltou a afirmar que já poderia ter anunciado alguns resultados, mas só irá
divulga-los quando a investigação for encerrada. Sem dar prazos, destacou que
policiais federais de outros estados participam da apuração.
Fonte: O Povo
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