A última morte de policial no estado
aconteceu nesta sexta-feira, durante tentativa de assalto no Bairro Planalto
Pici, em Fortaleza.
Quatro policiais foram assassinados no Ceará
desde o início de 2016. Os crimes ocorreram em Fortaleza (2), e nas cidades do
interior do estado Jaguaretama (1) e Juazeiro do Norte (1).
Segundo levantamento da Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Civil do Estado (SSPDS), o número já é superior em
relação ao mesmo período de 2015. Até fevereiro do ano passado, foram
registradas duas mortes de policiais, e ambos estavam de folga. De janeiro a
dezembro de 2015, aconteceram 14 assassinatos.
A última morte de policial no estado ocorreu
na manhã desta sexta-feira (12). O soldado do Ronda de Ações Intensivas e
Ostensivas (Raio) Augusto Herbert Félix foi assassinado a tiros durante
tentativa de assalto no Bairro Planalto Pici, em Fortaleza.
A vítima estava de folga e seguia de
motocicleta na Rua Santo Amaro, por volta das 6h, quando foi surpreendido por
dois homens, também em uma moto, que anunciaram o assalto enquanto o PM
aguardava no semáforo fechado.
Segundo testemunhas, ele reagiu e trocou
tiros com os suspeitos. Um dos criminosos foi baleado e morreu no local, o
outro fugiu. A perícia constatou nove lesões a bala no corpo do PM (uma no
braço, uma nas costas e sete no rosto).
A vítima atuava na corporação há seis anos e
trabalharia ainda na tarde desta sexta-feira. As câmeras de segurança de um
estabelecimento comercial da região deve ajudar na elucidação do fato. A
polícia, que já tem a identificação do outro suspeito, não divulgou detalhes do
que teria sido roubado do PM. A moto utilizada pelos suspeitos foi roubada no
último fim de semana, no Bairro Bonsucesso.
Confira os policiais mortos neste ano de 2016
7 de janeiro de 2016: Hudson Danilo Lima
Oliveira, 26 anos, soldado da Polícia Militar
O PM foi chamado para uma ocorrência de
assalto em uma fazenda de Jaguaretama, no interior do Ceará. De acordo com o
Comando de Policiamento do Interior (CPI), houve troca de tiros quando o
soldado chegou ao local. Ele foi baleado na cabeça e socorrido no Instituto Dr.
José Frota, em Fortaleza, onde ficou internado em estado grave.
No dia 9 de janeiro, foi constatada a morte
cerebral. Na noite do dia 8, quatro pessoas foram capturadas. Uma delas agiu
diretamente no crime. As outras deram apoio para o criminoso fugir.
19 de janeiro de 2016: Benedito Gomes
Assunção, 53 anos, Cavalaria da Polícia Militar
Policial, que não estava de serviço, se
envolveu em uma discussão de trânsito com dois irmão, em Juazeiro do Norte.
Poucos minutos depois, os dois suspeitos foram presos em flagrante. Antônio
Nogueira da Cruz (26) e Francisco Valtermar Nogueira da Cruz (33) foram presos
com um revólver calibre 38.
26 de
janeiro de 2016: José Eudes da Silva Monte, de 46 anos, sargento da Policial
Militar
O PM foi baleado na cabeça durante roubo a um
coletivo da linha Conjunto Ceará-Antônio Bezerra, em Fortaleza, e faleceu na
manhã do dia 28 de janeiro. Foram presos Raquel Rodrigues Lima, 19, que
responde na Justiça por adulteração de veículo; Carlos Maik Pinto Martins, 24,
que possui antecedentes por homicídio e tráfico de drogas; Raimundo Nonato
Sousa Barroso, 24, que responde por roubo e dois homicídios e Cristian Nilton
Nascimento da Silva, 20, apontado pela polícia como o responsável por atirar no
policial.
Policiais mortos em 2015 e 3016.
Fonte: Tribuna do Ceará
Com informações da SSPDS Ce
Um comentário:
Muito triste e profundamente lamentável, jovens profissionais da segurança pública sendo eliminados, e famílias desestruturadas e chorando as mortes precoces e violentas de seus entes queridos. Se o Estado e a Sociedade não proteger os Policiais!? Quem o fará?
Todo Policial experiente deve sempre desconfiar da aproximação de motoqueiros, especialmente quando tiver dois em cima de uma moto. DESCONFIAR SEMPRE! FICAR ATENTO E MUITO ESPERTO, e ATOS PREPARATÓRIOS ANTECIPADOS PARA REAGIR/ABORDAR, se for o caso. Pêsames as Famílias enlutadas.
Em outra ótica, a morte violenta e precoce de um Agente do Estado, traz enormes prejuízos de toda ordem, natureza e espécie, e quem banca é a sociedade, senão vejamos:
1. Primeiro, é a dor, o sofrimento e a saudade intensos e até por toda a vida da família, familiares e amigos;
2. A sociedade fica sem seus serviços, mas o Estado tem de pagar como se estivesse trabalhando (pensão por morte) - que é justa, legal e constitucional;
2. A mesma sociedade também tem de bancar as despesas (e não é pouco dinheiro não!) que o Estado tem para capturar, processar e julgar o acusado/suspeito/autor do delito de homicídio (e mantê-lo encarcerado), isso quando é desvendado e/ou esclarecido a barbárie consumada.
É o mais grave e o pior dos crimes, por ceifar a única vida que o ser humano tem no plano terreno. Por isso, um dos mandamentos é: "Não matarás.". Mas a insensatez humana!?.
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