Taxa de homicídio por arma de fogo no Ceará foi
de 36,7 em 2012. Levantamento é realizado pelo Mapa da Violência 2015.
O Ceará tem a terceira maior taxa de
assassinatos por armas de fogo no país, segundo Levantamento do Mapa da
Violência 2015 divulgado nesta quarta-feira (13), com dados referentes a 2012.
No ano, o Ceará teve uma índice de 36,7 mortes para cada 100 mil habitantes. O
número fica abaixo apenas de Espírito Santo (38,3) e Alagoas (55).
Foram 3.565 homicídios no Ceará, em 2012,
segundos dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, incluindo as
mortes por armas de fogo.
No Brasil, 42.416 pessoas morreram em 2012
vítimas de armas de fogo, o que equivale a 116 mortos por dia. Deste total,
94,5% foram mortes por homicídio. Os dados fazem parte do estudo “Mortes
Matadas por Armas de Fogo”, divulgado nesta quarta-feira (13) pela Unesco
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Conforme o levantamento, que é realizado desde
1980, a taxa de mortalidade por armas de fogo foi a segunda mais alta do país
na série histórica: 21,9 óbitos para cada 100 mil habitantes. Estão incluídos
os casos de homicídio, suicídio, mortes por acidente e em circunstâncias
indeterminadas. A maior taxa já registrada foi em 2003, de 22,2 mortes para
cada 100 mil habitantes.
Já a taxa de homicídios com armas de fogo, que
em 2012 atingiu 20,7 para cada 100 mil habitantes, foi a mais alta já
registrada.
Segundo o estudo, que separa os dados dos
homicídios por faixa etária, os jovens de 19 anos são as principais vítimas,
com 62,9 mortes para cada 100 mil habitantes. Em seguida vêm os de 20 anos, com
62,5 mortes para cada 100 mil habitantes.
Os dados do levantamento, realizado pelo
sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, são do Subsistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. O SIM é baseado nas declarações de
óbito expedidas no país, contendo local e características das vítimas, como
idade, cor e gênero.
De 1980 a 2012, foram 880.386 mortes por armas
de fogo no Brasil. Destas, 747.760 pessoas foram assassinadas —aumento de
556,6% no período.
Ainda conforme uma projeção resalizada pelo Mapa
da Violência, 160.036 vidas teriam sido poupadas após a aprovação do Estatuto
do Desarmamento, em 2003. Desse total, 113.071 seriam de jovens.
Jovens
Os jovens são as maiores vítimas das mortes por
armas de fogo no Brasil. De 42.416 óbitos em 2012, 24.882 foram de pessoas
entre 15 e 29 anos (59%).
A taxa de mortalidade de jovens por armas de
fogo era mais do que o dobro da geral nacional: 47,6 para cada 100 mil
habitantes. A taxa e o número absoluto de jovens mortos são os mais altos já
registrados pelo levantamento.
Estados e regiões
De 2002 a 2012, a região Sudeste teve queda de
39,8% na taxa de mortes por armas de fogo. As principais quedas foram nos
estados de São Paulo (- 58,6%) e Rio de Janeiro (- 50,3%).
No mesmo período, as demais regiões tiveram
aumento: Norte (135,7%); Nordeste (89,1%); Sul (34,6%) e Centro-Oeste (44,9%).
Alagoas foi o estado com a maior taxa —55 óbitos
para cada 100 mil habitantes. Roraima, com 7,5, apresentou a menor. O Maranhão
teve aumento de 273,2% na taxa de mortes.
Perfil
Ainda segundo o estudo, em média, morreram proporcionalmente
285% mais jovens do que “não jovens” por assassinato praticado com armas de
fogo.
Do total de mortes contabilizadas, 10.632 foram
de brancos e 28.946, de negros. O número corresponde a 142% mais negros que
brancos mortos por armas de fogo. Além disso, 94% das vítimas fatais eram do
sexo masculino.
A divulgação do estudo foi feita em parceria da
Secretaria Geral da Presidência da República, da Secretaria Nacional de
Juventude, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Unesco no
Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e
Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais.
Fonte: G1CE
Um comentário:
Se deus quiser vais ser liberado o porte de arma, aí os bandido vão encontrar pessoas do top deles pra eles assaltarem bala nos bandidos
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