O arcebispo de Campos, no Norte Fluminense,
informou que o padre que fez um selfie nu confirmou a veracidade da foto e
informou que ela foi tirada para um caso virtual. Segundo Dom Roberto Ferreira,
o destinatário do registro ao recebê-lo, porém, alegou que o usaria para
“detonar” a vida do pároco. A foto, então, acabou se espalhando rapidamente,
via WhatsApp, pelos telefones celulares de muitos dos 27 mil moradores da
cidade de Miracema, onde o padre atuava. O religioso foi afastado por um ano de
suas atividades e ainda pode ser demitido de suas funções clericais.— Ele disse
que conheceu uma mulher pelo Facebook. Eles conversaram algumas vezes, sempre
em encontros virtuais, e decidiu enviar a foto para ela.
Em seguida, a pessoa
disse que usaria a imagem para detonar a vida dele. O perfil era falso, não
podemos afirmar nem se era mesmo de uma mulher. Por ora, tudo o que tenho como
prova são o depoimento e a foto — disse Dom Roberto Ferreira. O bispo espera
que, com o escândalo ganhando vulto, outros indícios da conduta do padre
apareçam: — O ato da suposta mulher é ilícito para as leis da sociedade, de
vazar uma foto íntima. Mas a atitude do padre, de tirar a foto, é contra as
leis da Igreja e de Deus. É um ato lamentável e mostra uma inconsistência nele.
Apesar da confirmação, na cidade tem gente que ainda duvida que o homem moreno
na foto seja mesmo o padre. A família está consternada. A mãe do sacerdote, de
82 anos, conta que está preocupada com o filho. — Não falo com ele há seis
dias. Eu queria perguntar a ele sobre isso. Na terça-feira, eu perguntei: “O
que está acontecendo com você, meu filho?”. Ele respondeu: “Mamãe, não fui eu.
Vou processar quem fez isso comigo, colocar na cadeia”. Quero que ele continue
padre, mas, se não puder, o que posso fazer? Tem que aceitar o que Deus manda para
a gente — disse ela. Alguns fiéis também não acreditam e dizem até que a fotografia
pode ser montagem. — Na foto que recebi, o rosto está visível e parece ele. Mas
sabe como é internet, as pessoas podem fazer montagem. Todo mundo tem dúvida —
opinou Antonio Roberto, funcionário público, de 58 anos.
Fonte: Extra/ Globo
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