O Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, anunciou ontem que votará este
mês quatro projetos que aumentam as punições a criminosos, incluindo assassinos
de policiais e menores infratores. O anúncio foi feito em almoço na Associação
Comercial do Rio de Janeiro.
No caso de assassinatos de policiais, os condenados
teriam o tempo de prisão aumentado de um terço até 50% da sentença. Hoje a pena
máxima para homicídio doloso (intenção de matar) é de 12 anos a 30 anos de
prisão. A expectativa de Cunha é, já na semana que vem, levar as mudanças à
apreciação do plenário.
As propostas foram encaminhadas encaminhadas
pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mas atingem um dos
problemas mais preocupantes no Rio, atualmente: a morte de policiais. Dados
deste ano mostram situação dramática no estado.
A proposta de endurecer as penas vem ao encontro
do desejo do secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano
Beltrame, que defende a alteração na lei.
Duas outras propostas, que estão no mesmo
documento, visam a combater os ataques a caixas eletrônicos, em que são usados
armamento pesado e explosivos. O objetivo é alterar o artigo 16 do Estatuto do
Desarmamento e criar penas de 4 a 8 anos de prisão para quem usar fuzis,
metralhadoras e armas similares e para quem for flagrado, sem autorização
legal, fabricando ou usando explosivos. Estas penas não estão previstas no
artigo, que limita as punições para porte ilegal de armas a seis anos de
prisão.
A outra mudança é para o artigo 155 do Código
Penal. Se for aprovado o projeto, os furtos de caixas eletrônicos passam a ter
penas de cinco a 12 anos. A sanção anterior era de dois a oito anos.
Uma outra proposta que vai a plenário é para
permitir que os estados e o Distrito Federal legislem sobre alguns aspectos do
procedimento penal, para facilitar o combate ao crime.
Internação maior para menores
Um dos projetos mais esperados e que deve
provocar polêmica é o endurecimento de medidas para menores infratores, o que
altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A proposta é aumentar de
três para oito anos o tempo de internação de jovens que praticam crimes
hediondos ou forem reincidentes. Este projeto de lei, apresentado em abril de
2013, está parado na Comissão de Constituição e Justiça.
Também pretende-se punir com mais rigor o adulto
que se utiliza de adolescente para cometer crime. E ainda definir regras para o
tratamento ambulatorial de adolescentes e jovens adultos de doença mental
diagnosticada durante o cumprimento de medida socieducativa.
Pezão pede punições mais severas
Ontem, no lançamento da campanha ‘Justiça pela
Paz em Casa’ no Tribunal de Justiça do Rio (TJ), o governador Luiz Fernando
Pezão também defendeu leis mais severas para crimes contra policiais. “Isso
(combate à violência contra policiais) é uma luta permanente. Tenho me reunido
de duas a três vezes por semana com o secretário Beltrame e o chefe da Polícia
Civil, Fernando Velozo, e com o comandante da PM, Alberto Pinheiro Neto”,
afirmou Pezão.
Ele disse que desde abril defende leis mais
rigorosas para esses crimes. “Tenho trabalhado permanentemente nisso”, afirmou.
Outra preocupação demonstrada pelo governador é
a melhoria da formação do policial, o que, para ele, pode evitar mortes.
“Muitos desses policiais estão sendo mortos em serviço. É para terem mais
cautela e cuidado. Estamos capacitando melhor e fazendo um grande trabalho de
treinamento dentro das UPPs”, disse ele.
Para o governador, é preciso combater toda forma
de violência. “Tanto contra o policial, que às vezes erra, quanto contra os
moradores do Rio”, disse.
Fonte: O DIA BRASIL
Um comentário:
A Dilma vai vetar.
Postar um comentário