Foram 68 agências ou caixas eletrônicos atacados
em 2014. Em metade dos casos houve uso de explosivos, número que representa
queda de 15%, numa comparação com o mesmo período de 2013
O número de ações contra bancos e caixas
eletrônicos diminuiu 28,4% em 2014, numa comparação com o mesmo período do ano
passado. De janeiro a dezembro, o Estado registrou 68 ataques. A média foi de
um caso a cada cinco dias. Desses, 34 ocorrências se deram com uso de
explosivos. Nessa modalidade, a queda foi de 15%. Já em 2013, foram
contabilizadas 95 ações. Em 40 delas, agências ou caixas eletrônicos foram
dinamitados. O balanço final foi feito pelo O POVO, com base nos dados do
Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE).
Considerando as ocorrências do ano inteiro, a
maioria se deu no interior do Estado. A Capital registrou apenas oito ações. Já
na Região Metropolitana foram apenas três casos, todos em Maracanaú. Dezembro
também foi o mês com o maior com maior número de ocorrências no ano. Foram 11
casos, no intervalo de 31 dias. Desses, oito se deram com o uso de explosivos.
Os dois últimos casos foram registrados no dia
31 de dezembro, quando duas agências e o destacamento da Polícia Militar foram
atacados, na cidade de Itapiúna, a 110 quilômetros de Fortaleza.
De acordo com Carlos Eduardo Bezerra, presidente
do Seeb, a diminuição foi ocasionada, principalmente, por dois fatores: a
coordenação das inteligências policias na captura de quadrilhas que usam
explosivos e a implementação em Fortaleza do Estatuto de Segurança Bancária,
que o sindicato quer que seja adotado em cidades do Interior. “Nós comemoramos
a redução, mas o número permanece preocupante”, salienta o presidente.
Dezembro
Segundo levantamento feito pela Delegacia de
Roubos e Furtos (DRF), até o mês de novembro a redução do número de ações
contra bancos chegava a 40,41%. Dezembro, porém, como era o esperado, devido ao
volume maior de dinheiro circulando, houve mais crimes contra as instituições
financeiras. O último mês de 2014 foi o único em que o registro de casos
ultrapassa o de 2013.
Sem precisar um número exato, o titular da DRF,
delegado Raphael Villarinho, afirma que, no balanço feito até o fim do ano pelo
órgão, a diminuição é ainda maior. A divergência se dá porque, de acordo com
Villarinho, o levantamento do Seeb leva em conta as saidinhas e as chegadinhas bancárias,
dados que não entram na estimativa da DRF, por não se tratar de “crime contra a
instituição financeira” e, sim, contra o usuário.
“Em 2014, ultrapassamos o número de 100 presos,
envolvidos em assaltos a bancos. E essa diminuição nos ataques se deu pelas
ações conjuntas das Polícias Militar e Civil, com apoio do Ministério Público e
a troca de informações constantes em delegacias, em operações como a Brasil
Integrado e a Divisa Segura”, aponta o delegado.
Fonte: O POVO
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