Presos reivindicam transferência, queimaram colchões,
destruíram celas e agora a justiça não tem para onde transferi-los.
A cadeia Pública de Sobral foi inaugurada
em fevereiro de 2010, atendendo a uma ação civil pública, requerida pelo
Ministério Público cearense em 2007. A obra que custou mais de 3 milhões aos
cofres públicos, tinha capacidade para receber até 152 detentos em 33 celas.
Mais agora, destruída, nem recebe e nem tem para onde transferir os mais de 200
rebelados, agora sem teto. O corpo de bombeiros foi acionado para combater o
incêndio que só foi debelado depois de uma hora de combate as chamas. Todos os
colchões foram destruídos pelo fogo causado pelos presos. A refeição foi
cortada, hoje não teve almoço para os detentos ali alojados.
A diretoria da cadeia se negou a receber
três presos, que chegaram conduzidos por policiais civis, na manhã dessa
segunda-feira 08. Familiares e curiosos se aglomeram na portaria do prédio,
agora cercado por policiais do Ronda, Raio e COTAR. Uma equipe de oito homens
chegou no local num helicóptero do CIOPAER, por volta das 13h. O motim já
estava controlado, segundo o Coronel Lindonjonhson, comandante do 3º BPM de
Sobral.
Sem ter para onde transferir os mais de
200 detentos, a cadeia Pública de Sobral agora terá que passar por uma reforma.
Com a estrutura comprometida, há sérios riscos de acontecerem brigas entre os
grupos rivais existentes dentro do prédio. Todas as celas tiveram suas grades
arrancadas pelos detentos durante a rebelião. Mesmo controlado, segundo o
Coronel, o clima é tenso no interior da cadeia, segundo um policial militar que
participa da operação.
Fotos de Wellington Macedo
Blog: sobralinfoco
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