Técnica em enfermagem criou perfis falsos para negociar certificados de conclusão do Ensino Médio que falsificava.
Obter
um diploma de conclusão do Ensino Médio custa três anos de estudo
e dedicação. Contudo, nas mãos de uma mulher, presa em flagrante
na tarde de ontem, o documento valia bem menos: R$ 150, de acordo com
a Polícia. O
delegado titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações
(DDF), Jaime Paula Pessoa Linhares, explicou que a técnica de
enfermagem Caroline Freire Oliveira, 23, falsificava os diplomas na
residência dela e os negociava utilizando perfis falsos criados na
rede social Facebook. Na
tarde de ontem, Caroline foi presa por policiais da DDF, em casa,
localizada na Rua Fiscal Vieira, bairro São João do Tauape, quando
preparava uma entrega de oito diplomas.
Online
O
titular da DDF explicou que a mulher utilizou o próprio diploma de
conclusão do Ensino Médio como base para fraudar e falsificar os
documentos que negociava. Além disso, ela não tinha contato com os
compradores, realizando toda a negociação utilizando somente a
internet. "Os certificados eram vendidos por dois perfis falsos
criados por ela, com os nomes de "Milena Lima" e "Jorge
Castro". A mulher utilizou o próprio diploma, digitalizou, e
imprimiu utilizando uma impressora, dentro de casa. Ela também
fabricou carimbos e falsificava as assinaturas necessárias. Os dados
dos compradores eram escritos a mão", disse Linhares.
Para
fazer as entregas dos documentos, Caroline contratava um
motociclista, de forma que ela nunca tinha contato direto com os
compradores. Os diplomas que seriam entregues ontem estavam nos nomes
de Cristiane Dantas Baldez; Jéssica Clarice Tabosa de Carvalho; Luís
Carlos Ferreira do Nascimento; Leonardo Martins de Souza; José
Mazenir da Silva; Francisco Rafael da Silva Lourenço; Fabyo Amaral
Martins; e Pedro Lucas de Almeida.
Segundo
o delegado, todos também estão agora sob a mira da Polícia. "Todos
esses compradores serão investigados por nós e poderão responder
pelos mesmos crimes que ela: falsificação de documentos públicos,
falsidade ideológica e uso de documentos falsos", afirmou.
O titular da DDF, Jaime Paula Pessoa Linhares, afirmou que as investigações sobre o caso vão continuar |
Carimbos
O
delegado afirmou que foram encontrados oito carimbos falsificados em
poder de Caroline. Deles, dois eram de médicos, o que ainda levantou
a suspeita de que a técnica de enfermagem também atuasse
falsificando atestados médicos.
"Impressiona
a facilidade que ela tinha para fabricar os carimbos. Dois deles,
traziam os nomes de Márcio Castelo Branco e Antônio Borges Campos,
identificados como médicos", disse o delegado titular da DDF.
Os
trabalhos de investigação para chegar até a mulher demoraram mais
de duas semanas, segundo informou Jaime Linhares. "Foram mais de
15 dias investigando, rastreando os contatos feitos pelo Facebook",
apontou. Conforme o delegado, os dispositivos de segurança dos
documentos deixam a desejar. "Isso preocupa pois não podemos
afirmar sem investigação quando se trata de um documento verdadeiro
ou falsificado", destacou o titular da Especializada.
Levi
de Freitas
Repórter
Repórter
Fonte: DN
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