Um auditor administrador de posto fiscal e um
servidor terceirizado da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz-CE)
estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) por suposta associação com
traficantes de drogas. Eles teriam facilitado a entrada de entorpecentes
através do pagamento de propina.
A PF deflagrou, na manhã de ontem, a
"Operação Publicanos", cujo objetivo foi investigar a suspeita de
associação criminosa. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em
Fortaleza, no município de Aracati e em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte.
Além dos mandados, foi dado cumprimento à
determinação judicial de afastamento do exercício das funções do auditor
administrador do posto fiscal e do servidor terceirizado.
Material apreendido
De acordo com o delegado Wellington Santiago,
titular da Delegacia Regional do Combate ao Crime Organizado, que investiga o
caso, na residência dos suspeitos, a PF apreendeu pendrives, CDs e
computadores.
O material eletrônico será investigado. Os
envolvidos podem responder pelos crimes de associação ao tráfico, corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme o delegado, o auditor e o servidor da
Sefaz, suspeitos de estarem envolvidos no esquema, foram ouvidos na manhã de
sexta-feira e liberados.
Os nomes dos suspeitos não poderão ser
revelados, pois o caso corre em segredo de Justiça. Os mandados de busca e
apreensão foram expedidos pela 3ª Vara da Comarca de Aracati. Em nota, a Sefaz
informou que colaborou "com o compartilhamento das informações necessárias
para o sucesso do procedimento investigatório".
"A Secretaria da Fazenda aguarda agora a
conclusão dos procedimentos disciplinares, instaurados na Corregedoria
Fazendária, para que, ao final das investigações, possa encaminhar os
respectivos processos a Procuradoria Geral do Estado (PGE) que adotará as
medidas cabíveis", informou o órgão.
Drogas e propina
Segundo a PF, as investigações iniciaram, no mês
de setembro deste ano, após a apreensão de 2,5 toneladas de maconha em um
esquema de tráfico internacional de drogas. A carga teria sido detectada pelos
auditores fiscais e liberada após pagamento de R$ 60 mil.
Naquela ocasião, a Polícia Federal interceptou
um caminhão no bairro Messejana, em Fortaleza, transportando a droga.
Fonte: DN
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