Criminosos deixaram a agência pela porta da
frente, sem levantar nenhuma suspeita após cometerem a ação.
A Polícia continua diligenciando à procura dos
suspeitos de terem assaltado a agência do Banco do Brasil de São Gonçalo do
Amarante, na manhã de ontem. A Cidade registrou cinco ataques contra bancos,
neste ano. Somente a agência que foi alvo ontem, foi roubada três vezes, nos
últimos três meses.
Segundo o delegado titular da Delegacia de
Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, desde o primeiro assalto (dia 04 de
setembro), o circuito interno de segurança foi levado e desde lá, as câmeras
não foram repostas. O delegado disse que a falta de equipamentos de segurança
dificulta o trabalho da Polícia.
Vilarinho afirmou que os dois homens que
entraram no banco estavam com o rosto descoberto. Eles renderam o vigilante e
mostraram fotografias de familiares dele e funcionários do banco dizendo que
iriam matá-los.
"Utilizaram estas fotos para ameaçar o
vigilante. Ele abriu a agência pouco antes do horário de funcionamento e deixou
que eles entrassem. Os outros funcionários também foram ameaçados e forneceram
as senhas que abrem os caixas eletrônicos", contou o delegado.
Os criminosos levaram todo o dinheiro que estava
nos equipamentos em dois malotes e saíram pela porta da frente, sem levantar
qualquer suspeita das pessoas que estavam do lado de fora. Testemunhas
informaram à Polícia que a dupla embarcou em uma Hilux, de cor branca, e fugiu
em direção à cidade de Paracuru. Os populares contaram também que duas
mulheres, que ocupavam uma motocicleta, davam apoio à ação.
O titular da DRF declarou que ainda não tem
pistas de quem são os autores do roubo. Conforme a Especializada este foi o 55º
ataque, neste ano, no Ceará. Já o Sindicato dos Bancários contabiliza 65 ações.
Vítima
Um homem que entrou no banco como cliente, logo
após os criminosos, foi feito refém junto com os outros funcionários da
agência. O motorista Fábio Alcântara disse que enquanto um dos ladrões pegava o
dinheiros dos caixas, o outro mandou que todo mundo fosse para dentro de uma
cozinha e passou a fazer ameaças.
"Ele pedia calma e dizia que a segurança
deles só dependia de nós. Todos os funcionários e eu ficamos em silêncio,
enquanto eles repetiam que ninguém fizesse nada, se quisesse passar o Natal com
a família. Foi um momento de medo e nervosismo".
O familiar de uma das funcionárias, que não quis
se identificar, disse que estava no local esperando a ente sair, para levá-la
para casa. "Ela não aguenta mais essa tensão. Pior é que na semana
passada, os funcionários flagraram um homem tirando fotos na frente do banco e
chamaram a Polícia. Ele foi detido, mas na delegacia contou uma história e
conseguiu ser liberado". A reportagem tentou falar com a PM e a Polícia
Civil de São Gonçalo do Amarante, mas ninguém quis se pronunciar.
Márcia Feitosa
Repórter
Fonte: DN
Um comentário:
o cidadão agiu em ato de defesa quem é pra ir preso é esse camarada quando sair do hospital a justiça tem que atender o clamor da sociedade
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