4 de novembro de 2014

O POLICIAL E O MOLEQUE MAGRELA

Cabo Cézzar mandou parar a viatura. Viu um moleque se escondendo na sombra do beco. “Tem ninguém aí não, chefe”, disse o motorista.
“Tem sim. Eu vi”.
Desceram e pegaram o seco. A pele preta deixava que a sombra lhe escondesse à noite, mas Cézzar foi arisco e viu quando o suspeito se esgueirou com os dois cigarros de maconha.
“Dá uns tapas e manda embora, comando.”
“Não. Delegacia!”
O Delegado não pestanejou e determinou a prisão em flagrante. Tráfico de drogas. Tinha visto ele umas duas ou três vezes rondando o bairro, lavando carros. Não ia demorar para fazer algum roubo na área. Talvez o Gol que teve o vidro quebrado na semana passada tenha sido ele.
Cabo Cézzar só assistiu, pegou o recibo de entrega de preso, foi para casa. À noite, tinha encontro com a namorada.
Conversou com a moça, contou do seu dia, ela contou do dela. As cervejas deram vontade de ir ao banheiro.

No banheiro, flagrou um playboy cheirando cocaína. Se assustou. Recobrou-se e seguiu.
Do blog: Embora bem menos que há anos atrás, esse tipo de prática ainda acontece nas policias... infelizmente.
Ficção policial tirada do site Abordagem Policial

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