Uma criança de 3 anos morreu após ser espancada
pela mãe e pelo padrasto em Cajati, litoral de São Paulo, no último sábado. De
acordo com o delegado Tedi Wilson de Andrade, o desempregado Erik Leite de
Carvalho, 32 anos, confessou ter batido em Camilly Vitória Ferreira de Miranda
durante a madrugada porque ela não parava de chorar. Ele disse ainda que a mãe
da menina, Rayana Cristina Ferreira de Lima, 22 anos, participou das agressões.
O casal se conheceu por meio da internet e foram
morar juntos há cerca de dois meses em um quarto nos fundos da lanchonete onde
Rayana trabalhava, no centro da cidade.
Segundo depoimento à polícia, na sexta
à noite, os dois ingeriram bebida alcoolica e, Erik, também teria cheirado
cocaína. Por volta das 2h, ele se irritou porque Camilly não parava de chorar e
a espancou até ficar desacordada. "Eles foram dormir e acordaram por volta
das 10h, viram a besteira que tinham feito. A criança estava gemendo, deram
banho nela e a levaram para o hospital", relatou o delegado.
A menina, no entanto, já chegou sem vida ao
local. Aos plantonistas, Erik e Rayana alegaram que Camilly havia caído da
escada. Um investigador foi enviado e percebeu que a versão não condizia com as
lesões. O casal foi então levado à delegacia. "Depois de terem alegado que
a criança havia caído da escada, eles foram questionados quanto às contradições
e a mãe acabou falando que o padrasto tinha matado. Ele foi ouvido novamente e
confessou, mas disse que não fez sozinho, que a mãe ajudou a espancar",
contou Andrade.
Mãe e padrasto foram então presos em flagrante
por homicídio qualificado por motivo fútil e cruel. A criança passou por
exames, que descartaram violência sexual. Ela foi enterrada no domingo.
A mulher tem ainda outro filho, um menino de 5
anos, que foi levado para a avó materna e não apresenta lesões. Conforme o
delegado, não havia histórico de agressões contra as crianças e testemunhas
disseram que elas eram bem cuidadas até Rayana passar a viver com Erik.
"Ela começou a ficar assim depois que se envolveu com esse homem",
afirmou Andrade.
O caso chocou e revoltou os moradores da cidade
que tem quase 30 mil habitantes. Ontem, ocorreu um protesto por Justiça.
"Eles (Erik e Rayana) são bem frios, não mostram ressentimento ou remorso.
Ela não está nem em estado de choque. É muita frieza do ser humano vendo o
estado que a criança ficou", lamentou o delegado.
Fonte: Terra
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