O coronel Paulo Malhães, 74, ex-agente do Centro
de Informações do Exército, foi encontrado morto em sua casa, nesta sexta-feira
(25), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com os relatos iniciais,
ele foi assassinado por asfixia.
Malhães prestou, há cerca de um mês, um dos
depoimentos mais fortes à Comissão Nacional da Verdade, no qual reconheceu
envolvimento em torturas, mortes e ocultação de corpos de vítimas da ditadura
militar.
De acordo com Nadine Borges, membro da Comissão
Estadual da Verdade do Rio que conversou com uma das filhas do militar, a casa
de Malhães foi invadida por três homens. Segundo o relato, a mulher do coronel
foi amarrada e ele, morto por asfixia. Todas as armas do militar foram
roubadas.
"A polícia tem que investigar a fundo esse
crime. Tudo indica que é uma queima de arquivo", disse Borges. O
depoimento de Malhães chocou familiares de vítimas da ditadura. Ele detalhou
como os corpos eram lançados no rio e dilacerados para evitar a identificação.
"Naquela época não existia DNA, concorda
comigo? Então, quando o senhor vai se desfazer de um corpo, quais são as partes
que, se acharem o corpo, podem determinar quem é a pessoa? Arcada dentária e
digitais, só. Quebravam os dentes e cortavam os dedos. As mãos, não. E aí, se
desfazia do corpo. O coronel morava com a família na zona rural de Nova Iguaçu,
Baixada Fluminense.
Fonte: DN
2 comentários:
Esse acontecimento já era esperado,falta saber se foi os ex amigosou os novos amigos comunistas.Pode ser um jogo de tabela
ESSA TRAMA TEM CHEIRO DE PT PELO MEIO.
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