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PM morto |
Média de PMs mortos em serviço em 2014 é quatro vezes
maior que em 2013.
O primeiro trimestre do ano ainda não acabou e a
segurança pública do Rio de Janeiro assiste a uma escalada de violência contra
as estratégias de pacificação traçadas pelo governo do Estado e Polícia
Militar. Em 71 dias, 15 policiais militares morreram em serviço — média de um
PM a cada cinco dias.
O dado chama ainda mais a atenção quando
comparado ao ano passado. Em 2013, de janeiro a dezembro, foram notificadas as
mortes de 18 PMs em serviço (uma morte a cada 20 dias). A média atual é quatro
vezes maior.
O último caso registrado foi o do soldado
Rodrigo de Souza Paes Leme, na última quinta-feira (6). Ele foi atingido por
dois tiros no peito, que ultrapassaram o colete à prova de balas, durante
patrulhamento na comunidade Nova Brasília, no Complexo do Alemão, zona norte.
De acordo com colegas de farda, um grupo de
policiais foi encurralado por traficantes na localidade conhecida como Quadra
do Escadão. Paes Leme foi socorrido, mas não resistiu.
Nesta quinta-feira (13), a comunidade de Vila
Kennedy, zona oeste do Rio, deve ser ocupada pela Força de Pacificação.
Vistos por muita gente como símbolos da era das
UPPs, os complexos do Alemão e da Penha somam outros casos de mortes de PMs em
serviço. O que mais repercutiu foi o assassinato da soldado Alda Rafael Castilho,
de 26 anos, lotada na UPP Parque Proletário, em fevereiro.
Após a onda de terror nos primeiros meses do
ano, a Secretaria de Segurança colocou na mesa um plano para reforçar o
patrulhamento nos complexos. O secretário de Segurança do Estado, José Mariano
Beltrame, disse que não descarta a possibilidade de pedir ajuda ao Exército
para reocupar o território.
A Força de Pacificação do Exército permaneceu
nos dois conjuntos de favelas até meados de 2012, quando foram inauguradas oito
UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na região.
Considerado o quartel-general do Comando
Vermelho, os complexos do Alemão e da Penha foram invadidos pelas forças de
segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques a ônibus e postos
policiais que levou pânico à cidade. Nesta segunda-feira (10), uma operação da
Polícia Civil prendeu oito suspeitos de participação nos ataques à UPP Nova
Brasília e à 45ª Delegacia de Polícia (em janeiro) e ao policial Rodrigo Paes
Leme, de 33 anos, que foi morto na semana passada.
Procuradas pelo R7, a Secretaria de Segurança e
a Polícia Militar não haviam se manifestado até a publicação desta reportagem.
Identificados
O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de
Homicídios, declarou que o autor dos disparos que mataram o soldado Rodrigo
Paes Leme já foi identificado. Igor Cristiano Santos de Freitas, o Salgadinho,
de 26 anos, é considerado foragido.
Barbosa disse ainda que o assassinato de Alda
Rafael também já foi elucidado.
— Os três envolvidos neste crime já estão
identificados e com a prisão decretada. São dois adultos e um menor. Vamos
continuar as operações para prendê-los.
Fonte: R7
Fonte: R7
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