O ex-deputado estadual e ex-vereador, José
Sérgio Teixeira Benevides, foi preso, na tarde de ontem, suspeito de participar
da venda ilícita de um imóvel localizado no bairro Papicu. A prisão foi
efetuada por uma equipe da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), no
escritório do pretenso comprador, onde o negócio estava sendo fechado.
Segundo a Polícia, Sérgio Benevides, Paulo
Rogério do Prado Gioielli e Mauro Cerqueira estariam tentando vender uma casa,
que pertencia à empresa Gaspar Viana, que não está mais em atividade. A
advogada da empresa, Alécia Piol, disse que a denúncia foi feita à Polícia,
depois que ela consultou um processo de penhora da casa, que está em andamento,
e descobriu a tentativa do grupo de negociar o imóvel por R$ 400 mil.
“Em 2012, houve uma pretensa compra e venda da
empresa, mas os compradores, que seriam o Paulo Gioielli e Marcos Antônio dos
Santos, não adimpliram o contrato. Na época, foi feita uma ata dizendo que os
compradores assumiriam a direção da empresa, caso o pagamento acontecesse, mas
o negócio não foi pra frente. Eles não tinham autonomia nenhuma para negociar
um bem da empresa. O Sérgio Benevides estava intermediando a venda, entre
compradores de boa fé e esses dois homens, que se passaram por donos. Ele deu,
inclusive, garantias de que o negócio seria lícito”.
Já o advogado de Benevides, Delano Cruz, disse
que o que aconteceu foi um equívoco. “Meu cliente tinha uma ordem judicial que
permitia a permuta do bem por conta de dívidas”.
Não é advogado
Além da suspeita de ter envolvimento com a venda
ilegal, Sérgio Benevides teria se apresentado como advogado durante toda a
negociação. No entanto, o ex-deputado seria apenas bacharel em direito.
O delegado titular da DDF, Jaime Paula Pessoa
Linhares, disse que os três suspeitos ficarão detidos à disposição da Justiça.
“O meu entendimento é que houve o crime de estelionato. A versão das vítimas e
a questão documental me dão esta convicção. As provas são ricas”. Além do
estelionato, o ex-deputado deverá responder também, por exercício ilegal da
profissão, por ter dito que era advogado.
Fonte: DN
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