A questão da segurança interna dos presídios
brasileiros passa por uma reavaliação depois dos episódios sangrentos do
Maranhão. Lá, a situação é simplesmente inaceitável, quando se sabe que os
presos dominam o presídio de Pedrinhas e determinam quem deve viver ou não. Por
aqui, o problema da superlotação, que tem levado a esses conflitos, também
assusta. Os agentes prisionais anunciam que vão parar caso não se tome
providências.
A acreditar no que nos afirmou o representante
do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Waldemiro Barbosa, em nosso programa
da Tribuna Band News, a coisa não anda lá muito boa não. A categoria está em pé
de guerra com o Governo do Estado, que não teria atendido às reivindicações
desses profissionais, que vão desde aumento no número de agentes passando por
outras de ordem trabalhista.
‘MEIO MARANHÃO’
Waldemiro relatou que a situação em alguns
presídios cearenses é de “meio Maranhão”, porque se em 2013 os presos de lá
mataram 70 internos, por aqui, a conta jpá chega a 32 mortes. Um total de 47
cadeias públicas estão sem agentes e são mantidas por funcionários dessas
prefeituras.
Na contabilidade do líder sindicalista, faltam 2
mil agentes para que a coisa funcione a contento. Em 2013, já foram registradas
464 fugas. Trabalhando nos presídios 1.423 agentes, quando o ideal seria 3 mil
423 – numa defasagem de dois mil profissionais.
Os agentes estão dando um prazo até 1º março
para que se contorne a situação; caso contrário, eles vão paralisar, o que pode
ampliar ainda mais o caos do sistema penitenciário cearense.
Fonte: Tribuna do Ceará
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