O cenário da criminalidade na Capital cearense e
sua região metropolitana começa o ano da mesma forma que terminou em 2013, com
uma média de nove homicídios dolosos por dia. O novo modelo de controle e
policiamento implantado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social,
com a divisão do Estado em Áreas Integradas de Segurança (AIS), ainda
engatinha.
Na Grande Fortaleza, as nove AIS (seis na
Capital) já estão implantadas e, em cada uma delas, um batalhão da PM e uma
delegacia seccional são os responsáveis pelas operações ostensivas de prevenção
e repressão, além das investigações dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais
(CVLI).
A Editoria de Polícia acompanhou durante os
primeiros 15 dias de 2014 as estatísticas dos homicídios na RMF e pode
comprovar que bairros considerados os mais violentos nos últimos quatro anos
continuam liderando as estatísticas dos homicídios e latrocínios. O
acompanhamento também identificou os casos em cada uma das nove AIS e isso
revelou os setores mais nevrálgicos da insegurança na Grande Fortaleza.
Nos 15 primeiros dias deste janeiro, foram
registrados 137 assassinatos, distribuídos da seguinte forma, 13 na AIS-1
(sendo 3 no Vila Velha, 3 no Pirambu, 2 no Rodolfo Teófilo e um em cada um dos
seguintes bairros, Farias Brito, Ellery, Jardim América, Monte Castelo e Jardim
Iracema).
Na AIS-2 foram 20 assassinatos (3 no
Canindezinho, 2 no Pici, 2 na Granja Lisboa, 2 no Padre Andrade e um caso em
cada bairro seguinte, Conjunto Ceará, Bonsucesso, Siqueira, Parque São José,
Parque São Vicente), Jardim Jatobá, João XXIII, Granja Portugal, Bom Jardim,
Jóquei Clube e Henrique Jorge).
Mais crimes
A AIS-3 foi a que apresentou a menor taxa de
casos de homicídio no período, sendo registrados somente 11 casos distribuídos
da seguinte forma, 3 no Papicu, 2 no Edson Queiroz, 2 na Sapiranga e um cada
bairro seguinte, Vicente Pinzón, Mucuripe, Aldeota e Sabiaguaba.
A AIS-4, ao contrário da 3, foi a de maior
registro de assassinatos. Foram 22 homicídios dolosos, assim registrados, 10 no
Barroso, 6 em Messejana, além de um em casa bairro seguinte, Jardim das
Oliveiras, Luciano Cavalcante, Paupina, Palmeiras, Cajazeiras e Cambeba.
A AIS-5 "empatou" com a AIS-2, também
com 20 assassinatos em 15 dias, sendo 4 no Mondubim, 2 no Itaperi, 2 na
Maraponga, 2 na Vila União, 2 em Parangaba, e um em casa bairro seguinte,
Pan-Americano, Jardim União, Parque Santa Rosa, Rosalina, Planalto Ayrton
Senna, Serrinha, Parque Presidente Vargas e no Conjunto Prefeito José Walter.
Na Região Metropolitana de Fortaleza são três
Áreas Integradas de Segurança. Nas duas primeiras semanas do ano, a AIS-7
registrou 17 homicídios, sendo 16 em Caucaia (4 no Parque Potira, e um em cada
bairro seguinte, Parque Soledade, Conjunto Marechal Rondon, Parque Nova
Iracema, Centro, Pacheco, Jurema, Cigana, Picuí, Tucunduba/BR-020, Conjunto
Metropolitano, Planalto Caucaia e Itambé) e um no Município de São Gonçalo do
Amarante.
A AIS-8 teve 15 homicídios, sendo 7 em Maracanaú
(Alto Alegre, Pajuçara, Conjunto Jereissati I, Conjunto Jereissati II, Macacos,
Vila das Flores e Cidade Nova), 4 em Maranguape, 2 em Itaitinga (Jabuti e
Carapió), um em Guaiuba e um na Pacatuba (localidade de Forquilha).
A AIS-9 teve 19 assassinatos, sendo 7 casos em
Aquiraz (um duplo na Estrada do Chico, um no Centro, além de Tapera, Iguape,
Caponga e Oiticica), seis em Horizonte, 3 no Eusébio (Parque Santo Antônio,
Mangabeira e Parque Havaí), dois em Pacajus e um Chorozinho.
Já a AIS-6, que abrange exclusivamente a faixa
litorânea de Fortaleza, da Barra do Ceará ao Caça e Pesca, de responsabilidade
do BPTur e da Deprotur, não houve registro de homicídios.
FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA
FONTE:DN
Um comentário:
Como vai reduzir se o policial não ver o valor real em sua conta, se este dinheiro fosse transformado em aumento para o policial, e em promoção para os que realmente tem direito, acredito que o homem se sentiria mas motivado, pelo menos em Camocim já foi três homicidios em menos de um mês.
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