A PEC passou pelo Senado, em
2009, e, na Câmara, foi aprovada em primeiro turno em 2010, por unanimidade. Os
policiais pressionam pela votação em segundo turno e, por meio de seus
representantes no Congresso, já informaram ao governo que, se isso não
acontecer, podem revidar durante a Copa do Mundo de 2014. “Estamos criando uma
bolha na segurança pública. Os militares de todo o Brasil continuam trabalhando
insatisfeitos e uma hora isso vai acarretar alguma coisa, não sei se uma greve
nacional... Na hora, não vamos poder segurar mais. Há um consenso entre as
polícias de se fazer algum movimento durante a Copa do Mundo”, afirma Fernando
Almança, cabo da Polícia Militar do Espírito Santo e editor do blog “PEC 300”.
A proposta estabelece que, caso
os estados não consigam pagar o piso, a União complementaria o valor. Segundo a
ministra das Relações Institucionais , Ideli Salvatti, a PEC 300 “criará uma
situação de gastos insustentável para praticamente todos os governadores e
acabará criando uma situação de pressão também sobre as Forças Armadas”.
Portanto, acrescentou a ministra, “a votação da PEC 300 é uma questão que neste
momento não se pode admitir”.
Para o cabo Almança, o discurso
é falacioso, “tendo em vista que a União tem batido recorde em cima de recorde
em termos de arrecadação. A União, na questão da segurança pública,
simplesmente lava as mãos, deixando a responsabilidade para os estados”.
No Congresso, os policiais
militares e bombeiros contam como aliados os deputados Arnaldo Farias de Sá
(PTB-SP), autor da PEC, Major Fábio (Pros-PB) e Otoniel Lima (PRB-SP).
“Infelizmente a tropa do governo é enorme”, lamenta Almança. (Bruno Pontes)
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