O plano do suspeito era matar a ex-mulher com ´chumbinho´ na
comida. Ela sobreviveu, mas duas amigas morreram.
O servente de pedreiro Francisco Clairton Sá de Almeida, 20,
confessou, ontem, ter tentado matar sua ex-mulher colocando veneno de rato em
uma ´quentinha´. O plano criminosos, entretanto, teve um desfecho inesperado e
trágico. Além de Sara Linda, 21, ex-mulher do acusado, ter se alimentado com a
comida envenenada com ´chumbinho´; duas amigas dela também consumiram os
alimento. As duas morreram. Sara sobreviveu, mas permanece internada em estado
considerado grave.
O crime ocorreu na noite da última quinta-feira (7). O casal
havia se separado há 15 dias e o servente de pedreiro não se confirmou com o
rompimento da reação. Mesmo assim, todos os dias ele ia deixar comida na casa
da ex-companheira, residente na Rua Martins carvalho, no bairro Bom Jardim. Na
quinta-feira, o operário decidiu colocar em prática seu plano macabro.
Mortes
Colocou a comida em uma ´quentinha´ e foi até a casa da
ex-companheira, onde deixou os alimentos e foi embora. Contudo, Sara tinha
recebido a visita de duas amigas, identificadas como Maria Salete Vieira, 32; e
Gercina Soares, 74. As três ingeriram a comida envenenada e logo passaram mal,
sendo socorrida pelos vizinhos e levadas num ambulância do Samu para o
Instituto Doutor José Frota (IJF).
No dia seguinte, Gercina Soares faleceu. Salete ainda
sobreviveu até sábado passado (9), mas acabou também morrendo.
Ontem, o servente de pedreiro soube das mortes e de que sua
ex-mulher está em estado grave. Ele, então, confessar o crime e se entregar à
Polícia. Fez isto no meio da rua. Clairton caminhava pela Avenida 13 de Maio,
no bairro de Fátima, quando acenou para uma patrulha do Ronda do Quarteirão.
Contou tudo.
Surpresos, os PMs encaminharam o suspeito ao 4º DP (Pio
XII), onde, mais uma vez, o operário revelou o caso ao delegado José Munguba
Neto, titular da DP.
Contudo, como o crime ocorrera no Bom Jardim, o suspeito foi
transferido para o 32º DP e lá, pela terceira vez, confessou o crime, desta vez
ao delegado de lá, Rudson Rocha.
Como não havia situação de flagrante nem ordem de judicial
de prisão contra o operário, ele foi liberado depois de prestar depoimento. As
famílias das vítimas estão revoltadas. Rudson permanece em liberdade.
FERNANDO BARBOSA/REPÓRTER
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