15 de outubro de 2013

CRIME ORGANIZADO: INVESTIGAÇÕES REVELAM PRESENÇA DO PCC NO CEARÁ


Assaltos milionários e fugas espetaculares teriam sido praticados pela facção no Ceará. O Estado é alvo do bando.


As autoridades da Segurança Pública investigam a informação de que, pelo menos, 120 integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam atuado ou estariam agindo neste Estado. Oficialmente, porém, não foi anunciada nenhuma operação ou ação sobre o fato.


Investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo indicam a presença de membros do bando no Nordeste e o Ceará seria um dos Estados ´alvos´ da organização ligada a assaltos a bancos, sequestros, fuga em presídios e corrupção de agentes públicos.


A presença de membros do PCC e de outras organizações criminosas do Sudeste no Ceará, contudo, não é novidade. Nos últimos anos, vários membros da facção foram localizados aqui, entre eles, foragidos do Rio de Janeiro e São Paulo.

Mais recentemente, em maio de 2011, a Polícia cearense, juntamente com autoridades paulistas, investigaram e prenderam um dos membros do PCC na cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. Trata-se de Nilson Espíndola de Souza, o ´Nilsinho´, detido numa operação do Departamento de Inteligência Policial (DIP), sob o comando dos delegados Francisco Carlos Crisóstomo e Luiz Carlos Dantas. Contra ele, havia vários mandados de prisão em SP.

A Polícia investigou também a fuga espetacular de outros membros do PCC no Ceará. O fato aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2011, quando um bando fortemente armado invadiu as dependências do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II, o IPPOO II, na BR-116, em Itaitinga, e resgatou, pelo menos nove bandidos, entre eles, três supostos membros do PCC e que haviam sido condenados por envolvimento no furto milionário ao Banco Central, em 2005.

Do IPPOO II, foram resgatados os assaltantes Marcos Rogério Machado de Morais, o ´Rogério Bocão´; Fernando Carvalho Pereira, o ´Fernandinho´; e Edésio Batista das Neves Sobrinhos, todos condenados pelo furto de R$ 164,8 milhões do BC.

´Rogério Bocão´, havia sido condenado, na época, a 49 anos de prisão juntamente com outro suposto membro da facção criminosa paulista, seu primo Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ´Alemão´. Os dois teriam articulado a ação criminosa no BC junto com outros chefes do PCC.

O chefe

Também teve passagem pelo Ceará o homem que é tido pelas como chefe do PCC. Trata-se de Marcos Willians Herbas Camacho, o ´Marcola´, que, em fevereiro de 2000, comandou o ataque à empresa Nordeste Segurança, em Caucaia, de onde foi roubada a quantia de R$ 1,3 milhão.

FERNANDO RIBEIRO\EDITOR DE POLÍCIA 
FONTE: DN

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