Agentes corruptos estavam pedindo até R$ 25 mil para deixar entrar um único telefone na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, onde está presa a maioria da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). Para diminuir os gastos e manter o fornecimento de celulares nas cadeias, a facção comprou detectores de metal iguais aos usados por bancos, chamados pelos detentos de “portal”. O objetivo era fazer testes para encontrar uma forma de passar aparelho telefônico pelo detector sem o aparelho ser percebido.
Em alternativa ao telefone celular, o crime organizado criou o sistema chamado “bate-bola”, para envio de mensagens de dentro do presídio para as ruas, mantendo contato entre presos e bandidos livres.
No esquema, de acordo com investigações do Ministério Público Estadual (MPE), os criminosos da cúpula mandariam bilhetes (“pipas”) por meio das mulheres, que fariam a ponte. Segundo promotores dos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) no estado de São Paulo, essas mulheres levam semanalmente os bilhetes ocultos nos órgãos genitais para dentro dos presídios e, após a “visita”, trazem a resposta para os comandados na rua.
Bloqueio
O Governo de São Paulo tem feito novas tentativas de impedir o uso de celulares nos presídios. Através de pregão eletrônico, semana passada foram escolhidas empresas que serão responsáveis pela implementação do bloqueio. A assinatura do contrato com a empresa vencedora do pregão está prevista para ser feita até o dia 5 de dezembro. O governo pretende gastar até R$ 30 milhões por ano com a instalação manutenção dos bloqueadores em 23 penitenciárias do Estado. (das agências de notícias)
Fonte: O POVO
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