A Base Aérea de Fortaleza foi palco de muitos abraços de “até logo”
entre 56 militares e suas famílias, na manhã de ontem. Os militares
partiram para o Haiti, onde comporão o 1º Batalhão do 17º Contingente
com soldados de outros estados e atuarão em missões de paz no país, que
conta com a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti
(Minustah) desde 2004.
Com a bandeira brasileira de
um lado da farda e o emblema das Nações Unidas do outro, os militares
embarcaram para uma missão que tem expectativa de seguir até 6 de junho
de 2013. No fim deste mês, outros 34 militares cearenses também
seguirão para o Haiti.
Entre as missões do contingente
brasileiro estão a manutenção de um ambiente seguro e estável e o
auxílio à ajuda humanitária prestada por organismos internacionais à
população haitiana, que sofre com a miséria de anos de conflitos e
instabilidade.
Outra importante função do efetivo é a
capacidade de dar resposta imediata aos possíveis desastres naturais,
prestando primeiros socorros e a ajuda necessária em um país que, em
2010, viveu um terremoto que deixou a capital, Porto Príncipe,
destruída.
O major Fábio Nascimento já foi duas vezes em
missão ao Haiti, em 2009 e 2011, e aponta a experiência como
enriquecedora tanto pessoal quanto profissionalmente. “A gente está
contribuindo com um país que precisa, prestando solidariedade e se
aproximando de outros povos, o que é uma troca importante”, comenta o
major.
Ele lembra que, apesar de episódios isolados de
violência, o Haiti está pacificado. Por isso a atuação das forças
internacionais se concentra em possibilitar a reconstrução do país, que
depende de ajuda e estrutura externas. Os rastros de destruição causados
pelos conflitos e desastres também deixaram trilhas de uma reconstrução
necessária, que conta com a atuação brasileira em caráter de liderança
há oito anos. (Samaisa dos Anjos - samaisa@opovo.com.br)
Fonte: O POVO
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