24 de outubro de 2012

IRAIANO ACUSADO DE CHEFIAR QUADRILHA É CONDENADO A 20 ANOS DE PRISÃO.

O iraniano Farhad Marzivi, O "Tony", de 50 anos, acusado de ter ordenado um atentado contra o auditor fiscal José de Jesus Ferreira, foi condenado a 20 anos de prisão pela Justiça Federal no início da noite desta terça-feira, 23.

O julgamento 

O julgamento do empresário começou por volta de 9h desta terça-feira, no 5º andar do edifício-sede da Justiça Federal, no Centro. A vítima do atentado, o auditor fiscal federal José de Jesus Ferreira, prestou depoimento e deixou o local às 10h20min.


O auditor saiu escoltado por seguranças e foi embora acompanhado da família, que preferiu não acompanhar o julgamento. Do lado de fora, auditores fiscais realizaram um protesto.
José de Jesus falou que desde o atentado vive numa espécie de prisão domiciliar, sem poder sair de sua casa.
A acusação do réu começou no início da tarde, a cargo dos procuradores Rômulo Moreira Conrado e Samuel Miranda Arruda. Os advogados de acusação afirmaram que o resultado foi satisfatório e que essa é a primeira resposta da sociedade a crimes dessa qualidade. O réu foi acusado por homicídio qualificado.
O advogado de Defesa, Flávio Jacinto, afirma que o julgamento contrariou a prova dos atos, pois não haviam provas suficientes para que o réu fosse condenado. Flávio afirma que a defesa vai recorrer da decisão. O julgamento foi encerrado no início da noite desta terça-feira.

O crime 

Segundo informações do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal, o iraniano é empresário do ramo de importados e equipamentos de áudio e vídeo, e, na época do crime, o auditor atuava como chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, na 3ª Região Fiscal.
Na manhã do dia 9 de dezembro de 2008, o auditor fiscal foi atingido com vários tiros de pistola, enquanto dirigia no cruzamento das ruas Meruoca e José Lino, na Varjota. A vítima sobreviveu.
Desde o atentado, o auditor da Receita recebe assistência médica, jurídica e de segurança pessoal, custeada pela Delegacia Sindical no Ceará do Sindifisco Nacional, que congrega os auditores.

Antecedentes criminais

Além da tentativa de homicídio, Marvizi é acusado de envolvimento em outros crimes, como assassinato, evasão de divisas, contrabando, sonegação fiscal, formação de quadrilha ou bando e enriquecimento ilícito.
Uma das execuções teve como vítima o comerciante Carlos José Medeiros Magalhães e a mulher dele, Maria Elisabeth Almeida Bezerra. Os dois foram mortos em de agosto de 2010, quando a residência do casal, situada no Conjunto Esperança, foi invadida por criminosos, supostamente a mando de Marvizi.
O empresário Francisco Francélio Holanda Filho também teria sido eliminado por fazer concorrência ao iraniano no mercado de venda de celulares e acessórios de telefonia móvel.

Fonte: O POVO

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