Dois advogados foram vítimas de atentados, ontem, em Fortaleza. Maria Danielle Ximenes, 52, foi baleada dentro do escritório dela, no bairro Cidade dos Funcionários, e morreu quando recebia atendimento em um hospital particular. Já Marcos Vinícius de Oliveira Vieira, 50, teve o veículo em que estava interceptado por bandidos, durante a madrugada, no bairro Parquelândia e foi baleado na cabeça.
Foi a segunda morte de advogado no Estado neste ano. Em abril, o criminalista André Camurça dos Santos Filho, 47, foi encontrado morto, na Pedreira da Viúva, localidade de Cantagalo, em Acarape, no Maciço de Baturité (61Km de Fortaleza).
Ontem, por volta das 10 horas, a criminalista Danielle Ximenes realizava o atendimento a dois clientes sobre um processo de inventário, quando foi surpreendida pela chegada de um homem. O acusado sacou uma arma, supostamente uma pistola de calibre 7.65, e efetuou três disparos que a atingiram na mão, no peito e ombro.
O casal que estava sendo atendidos pela advogada saiu correndo e pediu ajuda aos vizinhos. Consciente, Danielle foi amparada pela funcionária e disse que o nome do acusado do crime estava na agenda dela, com atendimento marcada para a manhã de ontem.
Hospital
Patrulhas do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom-Ronda do Quarteirão) foram acionadas e a vítima teve que ser levada às pressas para um hospital particular, mas não resistiu aos ferimentos.
A perita Sônia Silva, da Coordenadoria de Criminalística (CC), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), esteve no local do crime. Sônia afirmou que foram encontradas três cápsulas de calibre 32 no escritório, mas explicou que esse tipo de cápsula pode ser usado também em pistolas 7.65.
Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizaram diligências e conversaram com testemunhas do crime. De acordo com o diretoradjunto da DHPP, delegado Franco Pinheiro, o fato de a advogada ter permanecido consciente e ter informado o nome do suspeito "foi muito importante" e pode facilitar a elucidação do crime.
Inicialmente, Pinheiro descartou qualquer ligação do casal que estava com o advogada no momento do crime, com o atirador. O diretor da DHPP revelou que já tem o nome do suspeito de ter praticado a execução, mas disse que não poderia revelar a identidade para não atrapalhar as investigações. Para o delegado, há indícios de que o atentado teve ligação com a atuação da advogada em casos criminais. Os inspetores da DHPP recolheram também computadores e documentos no escritório, que podem ajudar a elucidar o crime.
Fonte: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário