Apesar de outros crimes, também cruéis, que desfilam no teatro da violência, entendemos de voltar hoje ao caso do soldado assassinado na invasão por bandos armados à cidade de Catarina, na região dos Inhamuns. O destaque de hoje no noticiário é o sepultamento do PM sacrificado. Representantes da cúpula da segurança pública foram levar a solidariedade aos familiares e companheiros da vítima. As atividades nos quartéis da capital e do interior foram marcadas pelo luto e homenagens póstumas ao policial sacrificado.
Tudo isso é muito comovente e traduz o respeito merecido daqueles que tombam em defesa da segurança da sociedade.
Mas é importante que essas homenagens não fiquem apenas no reconhecimento formal. É preciso que elas sejam um começo efetivo de uma política de maior proteção dos agentes da lei e da ordem no combate à criminalidade.
Não se ignoram os riscos a que estão expostos todos os que lidam com a segurança. Por isso mesmo é que tanto eles como suas famílias precisam das garantias reais do Estado para que, nos casos de invalidez e mortes, as viúvas e os filhos não mergulhem em escuridão mais penosa ainda. Como é que estão, por exemplo, as famílias dos 14 PMs mortos, nessas condições, só em 2011?
É preciso que o Estado chegue aos criminosos antes do crime. Que racionalize melhor a distribuição e emprego dos efetivos para maior segurança da população e dos próprios agentes. Segurança pública é coisa séria e grave que não tem como suportar a ineficiência da gestão. A maior homenagem de que ela precisa é de mais segurança para fazer segurança com a eficiência.
Fonte: JANGADEIRO ONLINE
CAMOCIM POLÍCIA 24hs
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