13 de fevereiro de 2012

MÃE E IRMÃO DE ELOÁ SÃO CHAMADOS PARA DEPOR COMO TESTEMUNHAS DE DEFESA DE LINDENBERG.

Ana Cristina Pimentel e Ederson Douglas Pimentel, mãe e irmão mais novo de Eloá Pimentel, morta em 2008, vão depor como testemunhas de defesa no julgamento de Lindemberg Alves, que teve início na manhã desta segunda-feira (13), em Santo André.
Eles vão substituir, a pedido da advogada Ana Lúcia Assad, duas testemunhas que não compareceram no júri (quatro convocados faltaram ao todo),  a jornalista Ana Paula Neves e o diretor do Instituto de Criminalística de Santo André à época, Nelson Gonçalves.
A estratégia da defesa de Lindemberg seria retirar a mãe de Eloá do plenário e evitar manifestações de emoção e influenciar os sete jurados.  A acusação, que tentou impedir a mudança, acredita que a troca foi um “tiro no pé”.

Apesar de aceitar a troca e autorizar que algema do réu fosse retirada, a juíza Milena Dias negou que novos documentos fossem anexados ao processo da defesa

O julgamento
Começou por volta das 9h50 desta segunda (13) o julgamento de Lindemberg Alves, por conta da morte de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, em 2008.

Foram escolhidos os sete jurados que vão julgar o caso. São seis homens e uma mulher. Havia expectativa sobre o número de homens e mulheres no júri. Em tese, em casos de violência contra a mulher, a defesa prefere mais jurados homens.

Lindemberg deixou o presídio de Tremembé, por volta das 6h15, escoltado por duas viaturas da Polícia Militar. Dezenove testemunhas serão ouvidas, 5 de acusação e 14 de defesa -, e sete jurados decidirão se o réu é ou não culpado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, disparo de arma de fogo e cárcere privado. O julgamento deve durar no mínimo três dias.

Relembre o caso
Inconformado com o fim do relacionamento com Eloá, de 15 anos, Lindemberg, que à época tinha 22, invadiu armado o apartamento em que a garota morava com os pais. O cárcere privado durou mais de cem horas. Nesse período, outros três amigos de Eloá foram mantidos como reféns. No dia 18 de outubro, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM invadiu o local. Lindemberg atirou na ex-namorada e em uma das amigas dela, Nayara Rodrigues. Eloá morreu a caminho do hospital. Nayara foi atingida, mas sobreviveu.

Segundo a promotora Daniela Hashimoto, Lindemberg tinha a intenção de matar Eloá desde o início. "Houve essa explosão da porta, os policiais não conseguiram ingressar imediatamente e ele teve tempo para tentar se refugiar e aí, ainda assim, podendo se render, atirou nas meninas".

Além do homicídio e da tentativa de matar Nayara e um policial militar que tentava negociar a rendição, Lindemberg também responde pelo crime de cárcere privado e disparos de arma de fogo. O réu está preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

O júri de Lindemberg estava marcado para ocorrer em fevereiro do ano passado, mas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2010, anulou a fase de instrução e o processo teve que voltar à fase inicial. O juri vai contar com 19 testemunhas - sendo 14 da defesa e cinco da acusação.

Fonte: YAHOO
CAMOCIM POLÍCIA 24hs

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